Anualmente o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, em inglês) traz seus primeiros indicativos para a safra de grãos do país durante o Agricultural Outlook Forum.
Neste ano, o evento ocorreu nos dias 15 e 16 de fevereiro, em Arlington, na Virginia e apresentou as primeiras impressões relativas à safra 2024/25.
A expectativa é de que a área a ser semeada nos Estados Unidos em 2024/25 seja de 91,3 milhões de hectares, retração de 1,0% em relação ao ciclo 2023/24.
O evento confirmou as expectativas do mercado, que apontavam para aumento na área semeada com soja, em função da relação entre os preços da soja/milho.
O departamento estima que em 2024/25 sejam semeados 35,41 milhões de hectares, acima dos 33,83 milhões semeados em 2023/24.
A produtividade média está estimada em 58,51 sacas por hectare, com isso, a produção norte-americana deverá ser de 122,47 milhões de toneladas, 8,0% maior do que a anterior.
O USDA estimou a área em 36,83 milhões de hectares, enquanto na temporada 2023/24 foram cultivados 38,28 milhões.
A produção para a safra 2024/25 está estimada em 382,04 milhões de toneladas, abaixo das 389,0 milhões estimadas no ano safra 2023/24, apesar de uma produtividade maior esperada.
Além das expectativas de área, produtividade e produção, o departamento também apresentou a perspectiva para os preços da soja no mercado local, cenário que pode impactar, diretamente, no mercado brasileiro.
Para a soja, o preço médio projetado pelo USDA nesta temporada é de US$11,20/bushel, US$1,45/bushel menor do que o estimado para o atual ano comercial.
Para o milho, o preço médio estimado para o ciclo 2024/25 é de US$4,40/bushel.
Considerando o quadro exposto, para o agricultor brasileiro, há um cenário distinto entre as culturas e que expõe oportunidades. Para a soja, o mercado está com tendência baixista. A referência, hoje, para os contratos mais curtos (mar/24) na Bolsa de Chicago é de US$11,72/bushel.
Com relação ao milho, o preço vigente no mercado internacional para os contratos mais próximos (mar/24) é de US$4,16/bushel, ou seja, há espaço para altas no Brasil refletindo o quadro internacional.
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