O aumento da importação de leite pelo Brasil é um assunto que vem sendo bastante discutido na cadeia leiteira nos últimos tempos. Em 2023, o grande volume internacionalizado foi apontado como um dos principais motivos da queda nos preços no mercado brasileiro.
Em 2023, o volume de leite adquirido de outros países cresceu 63,8% quando comparado a 2022.
No primeiro trimestre de 2024, apesar do recuo nas compras na comparação feita mês a mês, o volume internacionalizado ficou 4,2% maior que igual período do ano passado. Este é o maior volume adquirido no período desde 2000. O diferencial de preços está mais favorável aos derivados importados.
Argentina e Uruguai são nossos principais fornecedores.
Enquanto isso, governos estaduais tem se manifestado com medidas tributárias e fiscais para tentar reduzir a entrada de derivados lácteos oriundos do exterior.
Mas, como é a cadeia leiteira nos nossos vizinhos?
Segundo o Instituto Nacional do Leite (Inale), o país produziu, em 2023, 2,2 bilhões de litros de leite. Essa quantidade foi produzida por aproximadamente 3 mil produtores e 682 mil vacas leiteiras.
Do leite industrializado, 30% são destinados ao consumo interno e 70% a exportação. O Uruguai é o nono exportador de leite do mundo.
O consumo anual no Uruguai é de 232 litros de leite per capita.
Na Argentina, segundo o Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla), o país produziu 11,3 bilhões de litros de leite em 2023. A produção está distribuída em cerca de dez mil propriedades e 1,5 milhão de vacas.
Do total captado no país, 20,0% se destinam ao mercado externo.
O consumo per capita de leite dos hermanos é de 193,5 litros por habitante.
O Brasil produziu, em 2023, 24,5 bilhões de litros inspecionado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O país conta com mais de 1 milhão de propriedades produtoras de leite e 15,7 milhões de vacas leiteiras.
O consumo brasileiro aparente no mercado formal está em aproximadamente 116,7 litros/habitante.
Apesar dessas informações serem de caráter geral, ou seja, sem levar em conta as condições de produção, raças leiteiras, tipos de sistemas de produção, adoção de tecnologia, clima, entre outros dados, com os números apresentados notamos que o Brasil tem muito a melhorar em termos de produtividade, com foco na eficiência média das fazendas, frente aos nossos vizinhos.
O Relatório do Mercado de Leite da Scot Consultoria é uma excelente fonte de consulta e ferramenta fundamental de suporte às decisões para você que produz, consome ou transforma leite em lácteos.
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