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Scot Consultoria

Carta Insumos - O setor de fertilizantes caminha para importação recorde?


Quinta-feira, 10 de abril de 2025 - 06h00

Foto: Bela Magrela


No primeiro trimestre de 2025, o Brasil importou 7,9 milhões de toneladas de adubos e fertilizantes, volume 10,9% maior que o registrado no mesmo período do ano anterior. Esse desempenho não era observado para um primeiro trimestre desde 2021.

O destaque ficou para janeiro, com recorde de importação para o mês, totalizando 2,9 milhões de toneladas. O volume superou em 8,3% o registrado em janeiro de 2024, até então o maior da série histórica.

Figura 1.
Volume de adubos ou fertilizantes químicos (exceto os brutos) importados pelo Brasil nos primeiros trimestres, em milhões de toneladas.

Fonte: Comex/Elaborado pela Scot Consultoria

Os principais estados de destino das importações foram o Paraná (20,5%), Rio Grande do Sul (14,5%), São Paulo (11,1%), Mato Grosso (10,6%) e Bahia (8,57%) (figura 2).

Figura 2.
Participação do destino da importação de adubos ou fertilizantes químicos (exceto os brutos) por estado (%).

Fonte: Comex/Elaborado pela Scot Consultoria

A Rússia é a principal fornecedora, seguida pela China, Canadá, Marrocos, Nigéria e Estados Unidos (figura 3).

Figura 3.
Origens dos adubos ou fertilizantes químicos (exceto os brutos) (%).

Fonte: Comex/Elaborado pela Scot Consultoria

O bom volume da importação é reflexo de um mercado aquecido.

Com a demanda em alta, os fertilizantes e adubos foram - e ainda estão sendo - destinados, principalmente, para a semeadura da segunda safra de milho, à preparação para a terceira safra em alguns estados e às lavouras de cereais de inverno, com destaque para o trigo, cuja área de cultivo deve alcançar 2,995 milhões de hectares, segundo o último levantamento da Conab.

Historicamente, o volume importado costuma ser maior no segundo semestre, em função da demanda para a semeadura da soja e da primeira safra de milho, o início da safra verão. Com isso, a expectativa é de que volumes maiores aos registrados anteriormente sejam importados pelo Brasil.

Figura 4.
Evolução semestral do volume importado de adubos ou fertilizantes químicos (exceto os brutos) e sua variação entre o segundo e primeiro semestre de cada ano.
 
Fonte: Comex/Elaborado pela Scot Consultoria

Para 2025, o cenário aponta para um possível recorde nas importações, impulsionado por um primeiro trimestre aquecido e pela tendência de continuidade desse ritmo.


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