Foto: Freepik
O Brasil é líder global na exportação de carne bovina. O Brasil exportou 3,57 milhões de toneladas, ou 27,5% do volume comercializado internacionalmente (USDA 2025).
Na produção, ocupa a segunda posição mundial, com 11,8 milhões toneladas, ficando atrás dos Estados Unidos, que lideram com uma margem estreita de 3,28%.
Ao analisar os fluxos de exportação que incluem as categorias (carne fresca ou refrigerada, carne congelada, miúdos, carne salgada, tripas e industrializados), a China se destaca como principal destino, responsável por 50,1% do volume exportado pelo Brasil, com valor médio pago de US$4,42 mil por tonelada.
Os Estados Unidos representam 7,99% do volume exportado, e têm uma participação de 10,5% no faturamento devido ao valor pago que foi de US$5,88 mil por tonelada em 2024. Completam a lista dos principais importadores os Emirados Árabes Unidos, Egito e Rússia, conforme ilustrado na figura 1.
Figura 1.
Participação, por país, em volume e receita, de carne bovina exportada, em 2024.
Fonte: USDA / Elaboração: Scot Consultoria
Essa dualidade entre volume e valor, evidente no caso norte-americano, não se restringe à carne bovina. Quando ampliamos a análise para outros produtos da pecuária brasileira, como couro e sebo, padrões semelhantes ou até mais acentuados emergem.
No sebo bovino, os Estados Unidos dominam 93,8% do volume exportado e 93,8% do faturamento, configurando uma dependência quase total.
Já no couro, o cenário é fragmentado: a China lidera as importações globais (49,4%), seguida por Itália (13,5%), Vietnã (11,1%), Nigéria (5,7%) e Estados Unidos (1,8%), que ocupam posição marginal nesse mercado, conforme detalhado a figura 2.
Figura 2.
Participação, por país, em volume e receita, de couro bovino, em 2024.
Fonte: USDA / Elaboração: Scot Consultoria
A China, embora detenha a maior participação em volume exportado de couro (49,4%), representa 36,3% do faturamento. Em contraste, os Estados Unidos, responsáveis por apenas 1,8% das exportações, contribuem com 13,6% da receita, o contrário ocorre com a Nigéria com 5,7% do volume, contribui com apenas 1,0% da receita.
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