Na primeira quinzena de março as precipitações acumuladas ficaram em 300 milímetros no Norte do país, região com o maior registro de precipitações. (figura 1). Comparado a fevereiro, em algumas áreas choveu até 200 milímetros a mais.
Registro de chuvas em maior volume também no Nordeste, principalmente no Ceará, Maranhão e Piauí. Nesses locais foram observadas precipitações acumuladas de até 150 milímetros no período.
Na Bahia, Alagoas e Sergipe as precipitações aumentaram comparadas a fevereiro, porém, não ultrapassaram 50 milímetros na primeira quinzena de março. Em algumas regiões desses estados as chuvas não ultrapassaram os 10 milímetros, o que praticamente manteve a estiagem para essas regiões.
O norte de Minas Gerais enfrenta a mesma situação, precipitações acumuladas que não ultrapassaram 50 milímetros..
No Sul do Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul, a chegada de uma frente fria e seca começa a diminuir o ritmo das chuvas. Neste estado em março não choveu mais que 100 milímetros e em regiões mais ao sul não choveu mais de 20 milímetros.
As condições para colheita de grãos no Paraná têm sido favoráveis nos últimos dias e a previsão é de que continuem assim.
Para o Centro-Oeste precipitações de até 200 milímetros este mês, fizeram com que a colheita e o plantio da safrinha ocorressem em ritmo mais lento. Produtores já falam em perdas, o que deve reduzir novamente a expectativa de safra.
O plantio da safrinha continua atrasado e já há possibilidade de diminuição da área plantada, devido às precipitações que dificultam as atividades no Centro-Oeste.
Previsões para curto e médio prazo (entre 23 de março e 8 de abril)
A previsão para os próximos 10 dias é de clima chuvoso para grande parte do território nacional.
Podem ser observadas precipitações acumuladas acima de 150 milímetros para no Norte do país e algumas regiões do Centro-Oeste (figura 2).
As chuvas em São Paulo devem diminuir nos próximos dias, não ultrapassando 50 milímetros. Isso deve facilitar eventuais plantios da safrinha e tratos culturais de outras culturas.
Para o norte de Minas Gerais e sul da Bahia há previsão de chuvas de até 100 milímetros, o que poderá aliviar momentaneamente a situação ruim das pastagens.
Na Região Sul as precipitações deverão ficar abaixo de 50 milímetros nos próximos 10 dias. Para o Rio Grande do Sul a previsão é de poucas chuvas até o final do mês, não ultrapassando 15 milímetros no acumulado.
As precipitações para o Centro-Oeste deverão diminuir. Goiás é onde choverá um pouco mais, até 125 milímetros.
Já em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul a previsão é de diminuição maior das chuvas, passando de um acumulado de até 80 milímetros - de 23 a 31 de março -, para 50 milímetros previstos entre 31 de março a 8 de abril.
As chuvas no começo de abril deverão ficar concentradas na Região Norte, mas em menores quantidades quando comparadas a próxima semana. Em alguns pontos do Amazonas e do Acre as precipitações podem ser maiores que 125 milímetros.
Temperatura
Para os mesmos períodos analisados, pode ser observada uma redução da expectativa de temperatura média em todo o Brasil para o começo do mês de abril (figura 3).
Este comportamento virá primeiramente ao sul do país, onde as médias deverão ficar entre 14ºC e 20ºC. Após atingir o sul, a frente fria tende a "subir" pelo país, encontrando outras regiões da federação. Caracterizando o começo da transição entre período quente e úmido para frio e seco.
Mesmo com essa diminuição, a temperatura deverá ficar de normal a acima da média no Brasil (figura 4). Apenas para os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro a previsão é de temperaturas dentro das normais climatológicas.
Colaborou André Mazi, graduando em engenharia agronômica e em treinamento pela Scot Consultoria.
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