As chuvas ocorridas em São Paulo, Mato Grosso do Sul e no Sul do país foram acima da normal climatológica em julho.
Os maiores volumes de chuva ocorreram no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Porém, nos últimos dias um tempo firme e seco prevaleceu por quase todo o país.
Na última semana, as precipitações variaram entre 20 e 40 milímetros na região de divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No litoral catarinense o acumulado chegou próximo a 100 milímetros em algumas regiões.
A redução nas chuvas no Sudeste e Centro-Oeste permitiu o melhor andamento das colheitas de milho safrinha, cana-de-açúcar e café. A ocorrência de dias secos durante o período também permitiu a realização das operações agrícolas nos estados do Sul.
Em boa parte do Brasil Central as chuvas ficaram dentro da média histórica. O período é de poucas precipitações e de queda na temperatura.
Temporais e chuvas de granizo trouxeram prejuízos aos agricultores paranaenses durante julho. O excesso de chuvas também prejudicou as operações do porto de Paranaguá, o que atrasou o escoamento de grãos.
No Rio Grande do Sul o excesso de chuvas prejudicou o plantio e os tratos culturais na cultura do trigo e também têm prejudicado as pastagens de inverno.
Para a próxima semana está previsto tempo firme e aberto por grande parte do país.
Chuvas significativas devem ocorrer apenas no Norte, litoral nordestino e no sul gaúcho.
Até o dia 7 de agosto, os maiores volumes estão previstos para o extremo Norte e litoral nordestino, com volumes entre 10 a 100 milímetros em algumas regiões.
No Leste de Santa Catarina e Sul do Rio Grande do Sul também devem ocorrer precipitações. Os volumes em Santa Catarina devem ser baixos, até 10 milímetros. No Sul gaúcho, uma frente fria deve causar chuvas, porém, em volumes não elevados, variando entre 10 e 30 milímetros.
Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e interior do Nordeste há influência de uma grande massa de ar seco. Não são esperadas precipitações significativas para grande parte destas regiões.
A baixa umidade do ar e os dias secos previstos para estas regiões deve gerar atenção aos produtores, o risco de queimadas é maior nestes dias. As pastagens em Minas Gerais e Goiás são perigosos focos de incêndio.
O fenômeno El Niño vem apresentando fortes influências no clima mundial neste ano. No Brasil espera-se que chuvas em volumes maiores que a normalidade devem ocorrer na região Sul, principalmente no período de primavera e verão, o que pode gerar dificuldades para o cultivo agrícola.
Fontes:
INPE. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Disponível em: http://tempo.cptec.inpe.br/
INMET. Instituto Nacional de Meteorologia. Disponível em: http://www.inmet.gov.br/
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