Foto: ShutterStock
Na noite de segunda-feira, 4/9, um ciclone extratropical se formou no Rio Grande do Sul, causando volumes de chuva muito acima do esperado, tendo como consequência enchentes, ventos fortes, granizo e outros estragos.
O cenário ocorre em um momento de intensificação dos efeitos do fenômeno El Niño no país. Após anos de La Niña, que impactou o clima e a produção de grãos no estado por conta da estiagem, a intensidade das condições climáticas trazidas pelo fenômeno pode prejudicar tanto a pecuária quanto a agricultura da região. Entretanto, só teremos dimensão dos estragos causados quando a chuva parar e o nível de água das enchentes baixar.
O volume de precipitação na região Sul, nos últimos cinco dias (até 6/9), variou entre 40 e 200mm (figura 1).
O alerta ainda é de chuvas intensas, o que pode ocasionar novos riscos por conta das condições do solo e dos rios. Mas, com o afastamento do ciclone, o que deve ocorrer nos próximos dias, as temperaturas devem cair, elevando o risco de geada para a região centro-sul do estado.
No entanto, o perigo potencial de tempestades não é restrito à região Sul do país. O norte de São Paulo, Rio de Janeiro, sul do Espírito Santo, de Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, quase todo o estado de Mato Grosso do Sul e Acre estão sob risco de chuvas intensas (INMET).
Figura 1.
Precipitação acumulada de 1/9 a 6/9, no Brasil, em mm.
Fonte: INMET
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