De acordo com o Centro de Previsão Climática dos Estados Unidos (CPC/NOAA), há 80,0% de chances de o El Niño se estender até maio de 2024.
Há 30,0% de chances de que o El Niño vigente se torne um Super El Niño, semelhante ao fenômeno que ocorreu entre 2015 e 2016 e entre 1997 e 1998 (com uma média de temperatura da superfície do oceano acima de 2ºC).
O Oceano Pacífico Equatorial deve passar por um aquecimento gradual até o final do ano, com o pico de temperatura ocorrendo entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024. Em 1/11, a temperatura nessa região do oceano estava entre 1ºC e 3ºC mais alta (figura 1), enfatizando a interferência do fenômeno no clima no Brasil.
O Super El Niño aumenta a incidência de anomalias climáticas. Se confirmado, no Brasil, as condições climáticas de seca no Nordeste devem se intensificar, no Norte, o volume precipitado deve continuar abaixo da média e, no Centro-Sul, o volume de chuvas acima da normal climatológica que tem ocorrido devem persistir e podem se intensificar (figuras 2 e 3).
Figura 1.
Anomalia de temperatura da Superfície do Oceano Pacífico Equatorial, em 1/11/23, em ºC.
Fonte: CPC/NOAA.
Figura 2.
Previsão de precipitação acumulada para o período entre 15 e 21 de novembro de 2023, em mm.
Fonte: CPC/NOAA.
Figura 3.
Anomalia de precipitação prevista para o período entre 15 e 21 de novembro de 2023, em mm.
Fonte: CPC/NOAA.
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