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Scot Consultoria

Marcos Mantelato – Bellman Nutrição Animal


Terça-feira, 9 de março de 2010 - 15h58

Formação em Engenharia Agronômica pela Esalq/USP, com especialização em Marketing pela FGV e MBA em Marketing pela ESPM. Sócio-Diretor da Bellman Nutrição Animal, presidente da Asbram (Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais) e diretor do Sindirações (Sindicato Nacional da Indústria da Alimentação Animal). Scot Consultoria: O desempenho do setor de insumos é considerado um bom parâmetro para mensurar crescimento ou retração do setor pecuário. Dessa forma, quais as perspectivas para o segmento de nutrição animal em 2010? Marcos Mantelato: Existe uma nítida correlação entre o desempenho da pecuária nas suas diversas atividades – cria , recria , engorda extensiva e intensiva – e a evolução do setor de insumos que a ela se dedica. Normalmente há uma ação reativa por parte dos pecuaristas face aos estímulos positivos e negativos nas cotações da arroba e dos animais de reposição. Assim, existe um histórico que mostra que à medida que os preços ao produtor tornam-se melhores, ocorrem maiores investimentos nos insumos necessários à produção. Nos últimos anos, porém, a necessidade de aumento da produtividade pecuária, da escala de produção, e o reconhecimento do valor do tempo e do giro na rentabilidade o pecuarista, permitiram um incremento na utilização de insumos sem que isso correspondesse a cotações melhores do boi ou bezerro. Para 2010 a tendência é de uma recuperação, inicialmente tímida, porém consistente no decorrer do ano. Isso porque em 2009 nosso mercado diminuiu, contrariando todas as expectativas. As razões deste declínio, basicamente, foram quatro: descrédito no negócio pecuário no primeiro trimestre, em função dos problemas relacionados aos frigoríficos, seca pouco expressiva no sudeste e centro-oeste, preços de arroba pouco atrativo na entressafra e preços dos suplementos em queda livre. Neste ano, além da maior procura por tecnologias que melhoram a produtividade, é provável que os estoques das fazendas sejam recompostos, o que contribuirá para o crescimento do mercado da suplementação. Scot Consultoria: Em 2009, houve uma queda significativa de preços do fosfato bicálcico, influenciando diretamente o mercado de suplementos minerais. Porém, em 2010, o que se observou nos dois primeiros meses foi a valorização do fosfato e conseqüente alta para os suplementos. Você acha que essa valorização se trata de um movimento pontual ou deve continuar ao longo do ano? Marcos Matelato: O que vem ocorrendo agora com o fosfato é um realinhamento de preços, não uma valorização em si. O produto, que subiu demasiadamente em 2008, por causa de um desequilíbrio na oferta-demanda do ácido fosfórico a nível mundial, entrou numa curva descendente de preços em setembro daquele ano e chegou em dezembro de 2009 com valores historicamente baixos. Era inevitável que ocorresse a readequação dos preços. Além disso, o enxofre, ingrediente que compõe o ácido sulfúrico, e este o ácido fosfórico, está em alta no mundo todo. Assim, acredito que neste ano teremos um mercado de fosfato bicálcico com preços firmes e moderadamente maiores. Scot Consultoria: É facilmente mensurável os incrementos de produtividade que o uso de suplementação mineral imprime a atividade pecuária, seja ela de cria, recria ou engorda. No entanto, nos últimos anos, como tem se comportado a demanda do setor? Como você avalia a evolução da utilização de suplementos minerais no Brasil? Existe ainda um número significativo de pecuaristas que não utilizam, ou utilizam esporadicamente suplementação, e que portanto, representam uma fatia de mercado a ser explorada? Marcos Matelato: O uso correto da suplementação mineral realmente traz inegáveis aumentos de produtividade. Tanto é que quando nos é solicitado trabalhos científicos que comprovem isso, encaminhamos trabalhos da década de 60 e 70, porque suas conclusões são cabais. De lá até os dias atuais, as pesquisas estão focadas no estudo de outros ingredientes que podem ser “carreados” via suplemento. Daí surgiram os minerais protéicos, os protéico-energéticos, os aditivos melhoradores de desempenho. A evolução da suplementação vem ocorrendo de modo não uniforme. Existem regiões que utilizam a suplementação com maior intensidade que outras, que por questões econômicas, logísticas ou culturais utilizam de forma moderada. O consumo de suplementos no Brasil é próximo de 11kg por cabeça por ano, mas entende-se que o consumo mínimo deveria estar na faixa dos 30kg. Deve-se creditar esta defasagem mais ao sub-consumo do que a pecuaristas que não utilizam a suplementação. Daí a importância da aferição dos consumos nas propriedades. Este acompanhamento permite ajustar o produto mais adequado à realidade daquele pasto, daquela fazenda. A correção do sub-consumo, por si só, já representaria um razoável crescimento no volume total demandado. Scot Consultoria: Como a Bellman tem trabalhado para fidelizar e demonstrar aos seus clientes a importância e os benefícios da suplementação mineral? Marcos Mantelato: A Bellman está no mercado da suplementação há quase 20 anos. Ao longo desta caminhada, acompanhamos a fantástica evolução da pecuária, patrocinada pela melhoria da gestão administrativa e do manejo de pastos, pelo melhoramento genético, saúde e nutrição. Enfim, vivenciamos uma profissionalização tanto na pecuária como no próprio segmento no qual trabalhamos. Assim, temos focado o nosso direcionamento para atender os pecuaristas profissionais, aqueles que medem e querem resultados diferenciados. Estes resultados superiores transformam-se em benefícios claros, tangíveis para os nossos clientes. Melhor ganho de peso, maior fertilidade, antecipação de cobertura e prenhêz, maior rendimento de carcaça, melhor qualidade de carcaça, representam os diferenciais de resultados proporcionados àqueles que nos prestigiam com sua confiança e preferência. Para tal, contamos com nossos cinco diferenciais principais: Segurança – através da Certificação Nível 3 – Eq. Internacional Global Gap; Serviço que agrega valor – através de mais de mil visitas a fazendas por ano, realizada por técnicos experientes; Tecnologia de Ponta – com mais de uma dezena de experimentos em andamento, com produtos e conceitos lançados que nos dão a liderança na suplementação de alta tecnologia; ampla linha de produtos - através dos mais de 50 produtos disponíveis, o que facilita a adequação nas fazendas; e o conhecimento – o qual sempre aprimoramos pela experiência acumulada e pela motivação em fazer o que se gosta.
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