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Scot Consultoria

Encontro da Pecuária Leiteira da Scot Consultoria entrevista o palestrante Marco Antonio Penati


Terça-feira, 26 de junho de 2012 - 11h48

 

Nos dias 21 e 22 de agosto de 2012 acontecerá o Encontro da Pecuária Leiteira da Scot Consultoria, em Ribeirão Preto-SP.

Mais informações em http://www.scotconsultoria.com.br/encontrodeleite

Um dos palestrantes será o Professor Marco Antonio Penati, engenheiro agrônomo formado pela ESALQ/USP, doutor em ciência animal e pastagens e coordenador do Centro de Treinamento de Recursos Humanos do Departamento de Zootecnia da ESALQ/USP.

Sua palestra abordará o histórico da evolução da pesquisa sobre o manejo das pastagens, adubação, fatores que afetam o consumo animal em pastejo e fisiologia do crescimento de plantas utilizadas para o pastejo.

Para saber um pouco sobre o que será abordado na apresentação do Professor Marco, leia a entrevista que ele concedeu à Pamela Alves, analista da Scot Consultoria.

 

Entrevista Marco Antonio Penati

 

Scot Consultoria: Há alguma variedade de capim que não seja recomendada para vacas em lactação?


Marco Antonio Penati: De modo geral, todos os capins lançados comercialmente por instituições de pesquisa ou empresas podem ser utilizadas para produção de leite, mas existe uma ampla diferença entre essas gramíneas com relação ao potencial de produção de forragem e, quanto maior a produção, maior pode ser o número de animais na propriedade. A diferença no valor alimentar entre as variedades de forrageiras é amenizada quando o manejo é feito respeitando a fisiologia de cada espécie.

 

Scot Consultoria: Quais são as pastagens mais utilizadas na pecuária de leite? São semelhantes às do corte?

Marco Antonio Penati: Como as fazendas leiteiras são normalmente menores do que as de corte, os produtores de leite são obrigados a alcançar lotações mais elevadas em menor tempo e, por isso, precisam trabalhar com espécies forrageiras de maior potencial de produção como, por exemplo, o Capim Elefante, Mombaça, Tanzânia e Xaraés. Na pecuária de corte, observa-se um maior uso das variedades de Braquiária.

 

Scot Consultoria: Qual o impacto da pastagem no custo total do produtor de leite?

Marco Antonio Penati: O gasto com as pastagens normalmente representa cerca de 10% do custo total em sistemas intensivos de produção de leite a pasto. O custo da matéria seca do pasto adubado fica em torno de R$100,00 a R$150,00 por tonelada.

 

 

Scot Consultoria: O clima tem sofrido alterações nos últimos anos. O produtor vem utilizando novas tecnologias de pastagens? Ou estão se preparando com alguma suplementação?

Marco Antonio Penati: Existem indicações de que a temperatura venha a aumentar nos próximos anos e as gramíneas tropicais deverão responder positivamente a essa alteração, ou seja, deveremos ter aumento de produção. Entretanto não há definido o que acontecerá com a precipitação, mas caso ocorra uma redução nas chuvas, a irrigação poderá ganhar mais atenção por parte dos produtores, além da necessidade do aumento de produção de forragem suplementar, como silagem e feno.


Scot Consultoria: A intensificação dos sistemas de pastejo é uma prática que vem sendo adotada nas propriedades leiteiras. Exemplo disto é o sistema rotacionado. Quais os primeiros passos e investimento necessários? Ainda é difícil falar de adubação de pastagem para o pecuarista?

Marco Antonio Penati: A necessidade de aumento da produtividade não é uma necessidade exclusiva da agropecuária, mas também de outros segmentos agroindustriais.

Como as propriedades produtoras de leite são menores que as de pecuária de corte, o aumento de produção tem que ser obtido com a elevação da lotação animais e nesse caso a intensificação das pastagens é fundamental para manter o produtor na atividade. O aumento dessa produção está bastante associado à melhoria na fertilidade do solo e no manejo das pastagens e, por isso, investimento na correção da fertilidade do solo e em infraestrutura (cercas, aguadas, sombra, etc.), que permitam manejar a forragem produzida, são os primeiros passos para o processo de intensificação.

 


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