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Scot Consultoria

Encontro de Confinamento entrevista o palestrante Gustavo Aguiar da Scot Consultoria


Terça-feira, 5 de fevereiro de 2013 - 09h44

Nos dias 3, 4 e 5 de abril acontecerá o tradicional Encontro de Confinamento da Scot Consultoria, em Ribeirão Preto-SP, onde o melhor time de analistas de mercado e de técnicos do setor discutirão o que será possível e o que será impossível para os confinadores nesta temporada.

O encontro é uma referência de mercado e vem sendo realizado há vários anos, concentrando profissionais de toda a cadeia pecuária.

O evento reunirá os principais agentes-chave da pecuária brasileira para expor, de forma clara e objetiva, as tendências de mercado: principais ferramentas de proteção de preço, estratégias de manejo, mercado de grãos, nutrição de animais, reforma de pastagens, custos do confinamento, entre outros.

Mais informações em www.scotconsultoria.com.br/encontroconfinamento/

Um dos palestrantes será o zootecnista Gustavo Aguiar, diretor técnico, consultor de mercado da Scot Consultoria e coordenador das divisões de mercado de reposição e Diagnósticos e Análises Técnicas e Econômicas (DATE). Também é editor-chefe do informativo diário de mercado "Tem Boi na Linha" e das publicações "Carta Boi" e "Carta Gestor", publicadas pela Scot Consultoria.

Sua palestra abordará a situação atual do mercado de reposição, análise do comportamento da relação de troca com o boi magro e dos resultados econômicos do confinamento na fase de baixa do boi.

Para saber um pouco sobre a palestra, leia a entrevista que ele concedeu à organização do Encontro de Confinamento da Scot Consultoria.

Entrevista com Gustavo Aguiar

Scot Consultoria: Como podemos resumir o mercado de reposição em 2012 e quais são as perspectivas para 2013, do ponto de vista do confinador?

Gustavo Aguiar: O ano passado foi de pressão sobre as cotações.

Em São Paulo, considerando a comparação dos preços médios de 2011 e 2012, o boi gordo teve queda de 4,2%. Já o boi magro caiu 4,4%. Neste caso, a relação de troca melhorou.

A conjuntura de ampliação de oferta de animais e preços frouxos para o boi gordo criou um cenário propício à queda das cotações.

Para 2013, a expectativa é de que o mercado permaneça ofertado e com situação semelhante à observada em 2012. A boa oferta, em conjunto com a expectativa de pressão sobre o boi gordo, deve deixar frouxo também o mercado de reposição.

Agora é voltar a atenção à relação de troca, analisando oportunidades de compra, e ao mercado de grãos, para fechar o custo de engorda.

 

Scot Consultoria: Qual a correlação entre o movimento de preços do boi gordo e do boi magro em longo prazo?

Gustavo Aguiar: A relação de troca entre o boi magro e o boi gordo é muito mais estável do que a verificada para o bezerro, por exemplo.

Isso ocorre em função da proximidade do abate desta categoria, o que minimiza a diferença de preços com o boi gordo.

Por este mesmo motivo, dificilmente ocorrem comportamentos de preços muito diferentes para os bois magro e gordo.

Analisando a variação de preços das duas categorias em São Paulo, desde 1996, temos uma correlação de 0,85 entre as duas séries de preços, em valores deflacionados. Para o bezerro, por exemplo, essa correlação também é alta, mas é um pouco menor, de 0,80. Quanto mais próximo de 1,0, maior a correlação.

Portanto, podemos dizer que a variação de preços do boi magro é bastante semelhante ao do boi gordo.

 

Scot Consultoria: Qual a participação da compra do boi magro dentro dos custos do confinamento?

Gustavo Aguiar: A participação do boi magro no custo total fica, geralmente, entre 60,0% e 70,0%. É o item de custo mais representativo da atividade.

A dieta assume a fatia de 20,0% a 30,0%.

Vale ressaltar que essas participações podem variar, como em anos de forte alta de grãos, por exemplo.

 

Scot Consultoria: Existe alguma tendência para a relação de troca com o boi magro, conforme a dinâmica do ciclo pecuário?

Gustavo Aguiar: Não há uma tendência bem definida. Porém, quando analisamos o último e também o atual ciclo pecuário, com preços de São Paulo, notamos que a relação de troca teve uma melhoria no início da fase de alta do ciclo e no momento de transição para a fase de baixa.

No ano passado, como comentado, a relação de troca melhorou, seguindo o padrão observado em 2002 - virada do ciclo passado, porém, em menor intensidade.

Se esta tendência se mantiver, deveremos ter um cenário de melhoria na relação de troca para 2013, semelhante a 2003, em função da transição para o ciclo de baixa do boi. Isso ocorre em função de o boi magro ficar mais barato comparativamente ao boi gordo.

Agora é observar se este padrão se confirmará este ano.


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