Nos dias 1 e 2 de agosto acontecerá em Ribeirão Preto-SP e em Descalvado-SP a segunda edição do Encontro da Pecuária Leiteira da Scot Consultoria.
Nele será possível trocar experiências com técnicos de renome, produtores de sucesso e saber como está e para onde caminha o mercado de leite e lácteos.
Esse conjunto de informações será consolidado através da visita com novas estações à fazenda Agrindus em Descalvado. Uma das melhores e maiores produtoras de leite do Brasil.
Mais informações em www.encontroleite.com.br.
Um dos palestrantes será André Luiz Novo, coordenado do Projeto Balde Cheio e pesquisador da Embrapa - Pecuária Sudeste.
Sua palestra abordará "Como avaliar o sistema de manejo em uma fazenda leiteira".
Para saber um pouco sobre a palestra, leia a entrevista que ele concedeu à organização do Encontro da Pecuária Leiteira.
Entrevista com André Luiz Novo
Scot Consultoria: De maneira geral, como está o nível de gestão das propriedades leiteiras no Brasil? O que precisa melhorar?
André Luiz Novo: Existe um pouco de tudo em todos os níveis de produção. É possível observar produtores familiares com boa administração e grandes empresários sem a mesma eficiência. E vice e versa! Em minha opinião há necessidade de profissionalização independente da escala de produção ou do sistema adotado.
Scot Consultoria: A pecuária leiteira é marcadamente composta por mão-de-obra familiar, o que muitas vezes dificulta a inserção de técnicas de gestão. O que deve ser considerado para o sucesso de uma empresa do ramo de leite?
André Luiz Novo: Na atividade leiteira a questão da mão de obra, seja familiar ou contratada, tem um peso muito grande devido à intensidade do uso deste recurso. A inserção de técnicas de gestão deve ser conduzida do mesmo modo, com especial cuidado com a sucessão, como é feito em países de pecuária desenvolvida.
Scot Consultoria: Qual o modelo de gestão mais indicado para as principais regiões produtoras do Brasil Central e Sul do país? Realmente elas se diferenciam?
André Luiz Novo: Podemos ter modelos diferentes de sistemas de produção adaptados às condições edafo-climáticas, mas a questão de gestão é universal, independe do local onde está a propriedade. Sem uma boa administração não há renda digna e o futuro torna-se sombrio. Este é o grande desafio de produtores e técnicos: introduzir técnicas de produção, manejo e gestão de modo gradativo e contínuo adaptando cada passo à realidade de cada produtor.
Scot Consultoria: Quais são os incentivos que o pequeno produtor de leite pode ter atualmente?
André Luiz Novo: O maior incentivo que o produtor pode ter é a possibilidade de obter renda e com isso um elevado padrão de vida. Não é ilusão, diversos produtores do Balde Cheio tem conseguido mudar de vida com o leite quando conduzido em bases técnicas e bem administrado. O leite ainda é uma das melhores alternativas para pequenos e médios produtores quando inserido em um contexto de eficiência e diversificação de atividades.
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