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Scot Consultoria

“É a melhor relação de troca com o milho nos últimos 13 meses para o pecuarista.”


Sexta-feira, 18 de agosto de 2017 - 13h50

Foto: Scot Consultoria


Sidnei Maschio: Rafael, falando assim no geral do Brasil inteiro, como é que está hoje o andamento da colheita do milho da segunda safra?

Rafael Ribeiro: A colheita da segunda safra está na reta final. Em Mato Grosso, até o dia 11 de agosto, 98,4% da área semeada em 2016/2017 foi colhida (Imea). No Paraná, a colheita atingira 81,0% da área plantada nesta temporada. 86 / 11 / 13

Sidnei Maschio: E em relação à previsão de produção desta segunda safra, Rafael, qual é o número final em que vocês tão apostando aí na Scot?

Rafael Ribeiro: A Conab estima 66,68 milhões de toneladas na segunda deste ano. O volume é 63,5% maior (25,90 milhões de toneladas a mais) que o colhido na segunda safra passada. A gente acredita que este número deva se consolidar entre 67,00 e 68,00 milhões de toneladas em 2016/2017.

Sidnei Maschio: Agora como é que está o escoamento dessa produção toda, Rafael?

Rafael Ribeiro: Aumentaram as exportações desde julho. Em julho, a exportação melhorou e os embarques totalizaram 2,32 milhões de toneladas, com uma média diária de 110,62 mil toneladas exportadas (MDIC).

Em agosto, até a segunda semana, a média diária exportada foi de 196,25 mil toneladas, 77,4% a mais que a média de julho último.

Sidnei Maschio: Qual é a explicação para esta disparada na demanda de milho para a exportação nestes últimos dias?

Rafael Ribeiro: Boa disponibilidade interna e preços mais competitivos do milho brasileiro no mercado internacional. O preço médio saiu de um patamar de US$175,00 por tonelada no começo deste ano, para US$155,00 por tonelada na segunda semana de agosto.

Sidnei Maschio: Até quando essa demanda para a exportação vai continuar assim forte do jeito que ela está agora?

Rafael Ribeiro: Acredito que até novembro os embarques brasileiros sigam aquecidos. Depois entra a safra norte-americana (colheita 2017/18) e aumenta a concorrência para exportação.

Sidnei Maschio: E em termos de preço, como é que o mercado está se comportando?

Rafael Ribeiro: O mercado está mais firme. Inclusive com ajustes pontuais para cima no mercado físico. O Indicador Esalq também reagiu 8,0% no acumulado de agosto, com esta maior movimentação para exportação.

Sidnei Maschio: Como é que está esse preço de hoje comparando com esta mesma época do ano passado?

Rafael Ribeiro: Na região de Campinas-SP a saca está cotada em R$25,00, para a entrega imediata, sem o frete. Os valores vigentes estão 46,0% menores na comparação com o mesmo período de 2016.

Sidnei Maschio: E a respeito da relação de troca entre o milho e a arroba do boi gordo, Rafael, qual é a situação atual e como foi a evolução do ano passado para cá?

Rafael Ribeiro: Atualmente é possível comprar 5,1 sacas com o valor de uma arroba de boi gordo. O poder de compra do pecuarista em relação ao cereal melhorou 1,9% em agosto, frente a julho.

Na comparação com agosto de 2016, compra-se 1,6 saca de milho a mais. É a melhor relação de troca dos últimos treze meses.

Sidnei Maschio: Rafael, e a respeito do farelo de soja, como é que está a situação deste mercado hoje?  

Rafael Ribeiro: Os preços do farelo de soja caíram na primeira quinzena de agosto, acompanhando os recuos da soja grão.

A pressão de baixa vem do mercado internacional, com a melhora do clima nas principais regiões produtoras nos Estados Unidos e os recentes recuos do dólar. Em São Paulo, a tonelada do farelo está cotada, em média, em R$1.079,78, sem o frete. O recuo foi de 3,9% em agosto, em relação a julho deste ano. Na comparação com agosto de 2016, o insumo está custando 21,9% menos este ano.


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