Engenheiro agrônomo pela UNESP de Botucatu-SP, mestre e Ph.D. em fertilidade do solo pela Iowa State University, EUA. Trabalha com adubação, avaliação da eficiência de uso de fertilizantes e seus impactos na produção e ambiente e atualmente é diretor do Centro de Solos e Recursos Ambientais do Instituto Agronômico de Campinas.
Foto: Scot Consultoria
O entrevistado da semana é o engenheiro agrônomo Heitor Cantarella, que ministrou uma excelente palestra sobre adubação nitrogenada no evento Encontro dos Encontros da Scot Consultoria e abordará, neste bate-papo, os principais pontos relacionados à adubação nitrogenada de pastagens.
Heitor Cantarella é engenheiro agrônomo pela UNESP de Botucatu-SP, mestre e Ph.D. em fertilidade do solo pela Iowa State University, EUA. Trabalha com adubação, avaliação da eficiência de uso de fertilizantes e seus impactos na produção e ambiente e atualmente é diretor do Centro de Solos e Recursos Ambientais do Instituto Agronômico de Campinas.
Scot Consultoria: Heitor, quais as vantagens de realizar a adubação nitrogenada?
Heitor Cantarella: A principal vantagem é aumentar a produção de forragem. Além disso, vale destacar que a adubação nitrogenada melhora a qualidade da forragem através do aumento do teor de proteína, ou seja, benefícios bastante evidentes.
Scot Consultoria: Quais fontes de nitrogênio são mais utilizadas em pastagens?
Heitor Cantarella: No Brasil a principal fonte utilizada é a ureia. Posteriormente, temos o nitrato de amônio e o sulfato de amônio.
É válido destacar que a ureia é a principal fonte utilizada no Brasil, não só em pastagens, mas em outras culturas. Cerca de 60% do mercado brasileiro de fertilizantes nitrogenados é representado pela ureia, embora, sob determinadas situações, a ureia apresente algumas desvantagens como, por exemplo, perdas por volatilização de amônia.
Scot Consultoria: Qual o melhor momento para o pecuarista realizar a adubação das pastagens? Na sua visão, ele tem se preocupado mais em adubar o pasto?
Heitor Cantarella: As pastagens brasileiras ainda recebem pouco adubo, porém, cada vez mais os pecuaristas estão se convencendo de que a adubação da pastagem é importante para ter ganhos de produtividade, aumentar o número de cabeças por hectare, enfim, otimizar os outros investimentos que são feitos na produção.
A melhor época de aplicação varia conforme a exploração. Caso o sistema utilizado seja o de pastejo rotacionado por exemplo, a adubação nitrogenada deve ser feita cada vez que o gado sai do pasto. Já em pastejo contínuo, a aplicação varia de acordo com a oferta de forragem existente e a demanda do gado. Não adianta aplicar muito fertilizante nitrogenado e fazer as plantas crescerem se não há gado suficiente para consumi-las, pois, posteriormente, a forragem acaba se deteriorando e o investimento não tem o retorno esperado.
Scot Consultoria: Heitor, o senhor participou de Encontro dos Encontros da Scot Consultoria este ano. Na sua visão qual a importância de um evento como este para a pecuária nacional?
Heitor Cantarella: Eventos como o Encontro dos Encontros da Scot Consultoria são muito importantes porque reúnem técnicos e pecuaristas para discutir sobre os gargalos da pecuária e opções para resolver tais problemas.
É uma oportunidade para trocas de experiências e para difusão de tecnologias. Então, os pesquisadores transmitem informações de pesquisas recentes para os pecuaristas, mas ao mesmo tempo eles têm a oportunidade de receber as demandas, as dúvidas dos produtores, que, a partir disso, reorientam novas pesquisas. Acredito que esse é um fator de grande relevância que extraímos desses eventos.
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