Liliane Suwuisawa graduou-se em Zootecnia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho/Campus Jaboticabal, possui Mestrado em Ciência Animal e Pastagens pela Universidade de São Paulo e Doutorado em Zootecnia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atualmente é Diretora Técnica da DGT Brasil em Presidente Prudente/SP e Professora da Pós-graduação da UNOESTE e Universidade da Pecuária.
Foto: Scot Consultoria
Nossa convidada desta semana é a Liliane Suguisawa, Diretora Técnica DGT Brasil e palestrante do Encontro de Confinamento e Recriadores da Scot Consultoria.
Em uma entrevista concedida exclusivamente para a Scot Consultoria, Liliane discorreu sobre as áreas de aplicações e os benefícios da utilização da Ultrassonografia Software BIA na bovinocultura de corte, tecnologia que mede informações preditivas da quantidade e qualidade de carne produzida.
Para mais informações acesse: https://confinamentoerecria.com.br/
Liliane Suwuisawa graduou-se em Zootecnia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho/Campus Jaboticabal em 1998, possui Mestrado em Ciência Animal e Pastagens pela Universidade de São Paulo e Doutorado em Zootecnia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Foi professora da Universidade Federal da Grande Dourados, colaboradora da Pós-graduação Stricto sensu Mestrado em Biotecnologia da Universidade Católica Dom Bosco e pesquisadora colaboradora do Geneplus / Embrapa Gado de Corte até 2008.
Scot Consultoria: A senhora poderia nos falar um pouco sobre o que será abordado em sua palestra? E qual a importância de um evento como o Encontro dos Recriadores da Scot Consultoria para a pecuária nacional?
Liliane Suguisawa: Como utilizar a ultrassonografia de carcaça e carne Software BIA como ferramenta de seleção e produtividade. Dado aos altos valores de herdabilidade da área de olho-de-lombo (AOL), espessura de gordura subcutânea (EGS), marmoreio da carne (MAR). A mensuração e extrapolações das mesmas através do Software BIA (auditado UGC / EUA) gera informações preditivas da quantidade e qualidade de carne produzida em animais vivos, permitindo que a seleção genética ou agrupamento dos indivíduos por dentro seja foco no ponto ótimo de abate (economia em diárias de cocho para a fazenda), padronização das carcaças (indústria frigorífica) ou agregação de valor pela qualidade de carne superior (marmoreio).
Um encontro como o Encontro dos Recriadores da Scot Consultoria possibilita difusão nacional de conhecimento dado a credibilidade e consistência.
Scot Consultoria: Quais as principais vantagens da aplicação da tecnologia de ultrassonografia?
Liliane Suguisawa: Conhecimento do potencial genético dos animais que se tem em mãos com a gestão customizada e foco na meta final. Em seleção genética, dado a herdabilidade alta das características, identifica-se os melhores animais para multiplicação e os demais para correção “por dentro”.
Em gado comercial, agrupa-se os animais com distintos focos: ponto ótimo de abate (economia em diárias de cocho para a fazenda), padronização das carcaças (indústria frigorífica), agregação de valor pela qualidade de carne superior (marmoreio), eficiência biológica para distintos sistemas de alimentação (confinamento x suplementação), etc.
Scot Consultoria: A tecnologia hoje trabalha em consórcio com outras áreas da pecuária brasileira, poderia comentar um pouco sobre esses consórcios e vantagens?
Liliane Suguisawa: O profissionalismo do produtor na gestão, manejo, nutrição, pastagens, sanidade, infraestrutura e bem-estar animal, desejando acertar mais, saindo dos cálculos ‘‘médios”, são critérios para o bom uso desta tecnologia Software BIA.
Scot Consultoria: Qual a viabilidade de aplicação da tecnologia na indústria frigorífica brasileira como sistema de bonificação de produtores pela qualidade da carcaça produzida?
Liliane Suguisawa: A ultrassonografia de carcaça Software BIA mede informações preditivas da quantidade e qualidade de carne produzida. Assim, o conhecimento da composição corporal dos animais vivos permite o agrupamento dos animais, em sistema de alimentação controlado (confinamento), para padronização da EGS (espessura de gordura subcutânea) das carcaças da indústria frigorífica, desde que o lote formado, e os dias de cocho solicitados pelo Software sejam atendidos. Existe também a garantia para padronização do MAR (marmoreio), pois só animais pré-identificados pelo Software BIA antes do sistema de confinamento, apresentarão essa qualidade superior na grelha, independente do tempo de cocho dado e a alta herdabilidade.
Scot Consultoria: Na sua opinião, o pecuarista enxerga a adoção dessa prática como custo ou investimento?
Liliane Suguisawa: Pecuaristas imaturos à gestão empresarial das suas propriedades enxergarão a tecnologia como custo, pois o maior impacto do seu sistema é a baixa lucratividade, área e ciclo longo. Por outro lado, produtores de carne que já utilizam tecnologias no manejo, nutrição e sanidade produzem animais contemporâneos, que desempenham diferentemente em ganho de peso médio diário (GPD) e rendimento de carcaça em ciclo curto, possuem entendimento sobre variabilidade genética, e comisso estão preparados para absorver essa informação como investimento, usando-a a favor do seu negócio.
Scot Consultoria: Quais os principais entraves e os principais retornos da aplicação da tecnologia ao produtor?
Liliane Suguisawa: Conhecimento de seleção para multiplicar genética que impacta diretamente na indústria frigorífica, possibilitando que o Brasil consiga conciliar carne e maciez no curto prazo, através da disseminação de touros/sêmen melhoradores no rebanho nacional.
Conhecimento de produtividade que agrupa e alimenta adequadamente animais comerciais para padronização das carcaças (quanto a EGS e MAR), aumentando a lucratividade da operação e a economia assertiva de diárias de cocho.
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