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Scot Consultoria

Confina Brasil 2023: detalhes da primeira rota e o andamento da segunda rota

Entrevista com a zootecnista, me, analista de mercado e técnica do Confina Brasil 2023, Jayne Costa

Terça-feira, 8 de agosto de 2023 - 06h00
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Zootecnista, mestre em Aquicultura pelo Centro de Aquicultura da Unesp de Jaboticabal e analista de mercado da Scot Consultoria.


Scot Consultoria: Jayne, a quarta edição do Confina Brasil terminou sua primeira rota e já deu início à segunda. Quais estados e regiões brasileiras estão sendo visitados durante a segunda rota?

Jayne Costa: Na primeira rota dessa quarta edição, começamos por São Paulo, juntamente do Paraná. Passamos por Minas Gerais e entramos no Centro-Oeste por Goiás, onde finalizamos a primeira rota da pesquisa.

Para a segunda rota, finalizaremos o Centro-Oeste, hoje principal região produtora, pensando na pecuária de corte, passando por Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, onde a expedição está nesse momento.

Pensando adiante, a terceira rota mapeará as regiões Norte e Nordeste, nos estados do Pará, Tocantins, Maranhão e Bahia, enquanto na quarta rota estaremos no Sul do país, em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Scot Consultoria: Para você, quais os principais destaques das propriedades visitadas durante a primeira rota? E quanto ao uso de tecnologias, quais ferramentas você mais encontrou nas propriedades?

Jayne Costa: Na primeira rota, podemos destacar a sustentabilidade e qualidade na gestão.

Com excelente visão para compra de gado e momentos adequados para o negócio, as propriedades são capazes de administrar a atividade com êxito, mesmo nos momentos de baixa do ciclo pecuário, além de utilizarem, de forma já bastante consolidada, a agricultura como aliada para essa produção pecuária, produzindo grãos em diversas formas de integração.

E sempre visando uma produção de qualidade. A produção de carne premium foi algo impactante para nós. Diversos confinamentos possuem participação em programas de qualidade e entregam essa qualidade dentro de uma forma sustentável economicamente, ambientalmente e socialmente falando.

Scot Consultoria: O que você mais viu quanto à nutrição dos bovinos em confinamento? Existe uma fórmula mágica?

Jayne Costa: Não, longe disso. Não é uma “receita de bolo”. Existe a fórmula que funciona para o seu sistema. Muito além da competência do profissional e do uso de softwares que facilitem o processo, a logística é muito importante. A disponibilidade do insumo, o acesso às fazendas e sua localização são pontos extremamente relevantes que podem levar a outras estratégias nutricionais.

Scot Consultoria: Com relação à responsabilidade ambiental e sustentabilidade, o que você viu nos confinamentos visitados?

Jayne Costa: A responsabilidade ambiental e sustentabilidade são bastante presentes em todas as regiões. Vimos que os gestores das propriedades promovem treinamentos de manejo racional, técnicas de integração, reaproveitamento de resíduos da produção agrícola para a pecuária e vice-versa.

Scot Consultoria: Apesar das peculiaridades de cada região, o que você mais viu (em questão de dificuldades) nos confinamentos?

Jayne Costa: A mão de obra ainda é o maior gargalo da pecuária intensiva brasileira. Foi muito comentado durante as visitas sobre como a gestão de pessoas é uma via de mão dupla. Parafraseando um dos gestores que visitamos “Hoje, os gestores estão priorizando contratar índole ao invés da técnica, afinal a técnica se aperfeiçoa com a prática”.

Scot Consultoria: Quantos confinamentos visitados nessa primeira rota utilizam algum tipo de hedge para se proteger das variações de preços?

Jayne Costa: Cerca de 45% (31 de 69 visitas) das propriedades visitadas na primeira rota utilizam algum tipo de proteção contra oscilação de preços para o boi gordo. Um número bem expressivo olhando para os anos anteriores.

Para maiores informações sobre o Confina Brasil e as propriedades visitadas em todas as rotas, acompanhe a pesquisa-expedicionária através do site www.confinabrasil.com e das redes sociais @confinabrasil.

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