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Scot Consultoria

Quais as expectativas para o mercado pecuário em 2024?

Entrevista com Ana Paula Oliveira, Felipe Fabbri, Juliana Pila e Pedro Gonçalves, Equipe Scot Consultoria

Segunda-feira, 22 de abril de 2024 - 12h00
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Ana Paula Oliveira é médica-veterinária, zootecnista e mestre em produção animal com ênfase em bovinocultura e coordenadora da equipe de inteligência de mercado da Scot Consultoria. Felipe Fabbri é zootecnista, mestre em produção e nutrição de monogástricos e coordenador da equipe de inteligência de mercado da Scot Consultoria. Juliana Pila é zootecnista e possui MBA em gestão de negócios e coordenadora equipe de inteligência de mercado da Scot Consultoria. Pedro Gonçalves é engenheiro agrônomo e analista de inteligência de mercado na Scot Consultoria.


Scot Consultoria: Primeiramente, parabéns pela apresentação durante o Encontro de Confinamento e Recriadores. Mas, pegando do que foi apresentado, o que o pecuarista pode aproveitar no momento?

Ana Paula Oliveira: Independentemente da fase de baixa ou da fase de alta que nós estamos passando, o cenário é sempre atípico. Pegando como exemplo 2024, nós começamos com abates recordes, sempre em cima da casa dos 2 milhões, segundo os dados do MAPA para abates SIF. Isso demonstra um começo da indústria frigorífica bastante acelerado, com uma ociosidade que vem abaixo dos 25%, indicando que 2024 vem aí com uma produção de carne recorde.

Pedro Gonçalves: O consumo e demanda externos aquecidos devem trazer uma firmeza para esse momento, pensando na cotação da arroba do boi gordo e nos preços pagos pela carne bovina. Em 2023, acompanhamos um cenário de alta oferta de boiadas para o abate, com predominância de fêmeas. Alguns meses se destacaram com números recordes, chegando a 40% de fêmeas no abate.

Scot Consultoria: Esse cenário já era esperado para 2024?

Ana Paula Oliveira: Em 2024, a expectativa era que esses números ainda se mantivessem altos, porém em menores patamares. No entanto, no primeiro bimestre, observamos um aumento de 10% no abate de fêmeas em comparação com 2023.

Pedro Gonçalves: E, na segunda quinzena de março, estamos observando um cenário de retração de fêmeas ofertadas ao abate. Acreditamos que isso possa ser uma sinalização da diminuição da participação de fêmeas nesse ciclo de baixa de preços.

Scot Consultoria: E qual a principal lição sobre o assunto que trouxeram?

Felipe Fabbri: A principal lição que trouxemos é que não são só nas fases de alta que a gente tem oportunidades, nas fases de baixa também existem muitas brechas a serem aproveitadas. Agora, em 2024, uma delas é justamente fazer a reposição de bezerros.

Juliana Pila: É preciso treinamento e estratégia para poder ter os melhores resultados na hora das viradas de fase dentro do ciclo pecuário.


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