O cálculo dos custos de um rebanho confinado difere bastante do de gado a pasto. Na criação confinada 60% dos custos são referentes ao animal, 25% à alimentação e o restante divide-se entre mão-de-obra e produtos veterinários. Já em fazendas de criação extensiva, a reposição de animais equivale de 40% a 50% dos custos e 25% são as depreciações.
“No confinamento o gado ganha mais de 1 quilo por dia; no pasto, o ganho é de no máximo meio quilo por dia. Com isso dá para reduzir até três vezes o tempo do pasto”, diz
Rosa, da
Scot. “O interessante é mesclar os dois sistemas: animal a pasto até 14 arrobas. Depois, vai para o confinamento até o abate. Assim, o criador dilui os custos altos do confinamento no que ganhou a pasto.”
A adoção de um sistema gerencial mais rigoroso vem ajudando o administrador Valentim Maier, da NPP Agropecuária, a melhorar os lucros das fazendas. Há alguns anos, o rebanho, de 65 mil cabeças, começou a ser dividido. Os animais em fase de cria ficam em fazendas no Pantanal e no Cerrado, onde há terras mais baratas. Já os de recria e engorda ficam em terras melhores, em Naviraí (MS). “Criamos em terras baratas e engordamos em terras valorizadas para intensificar as lotações e compensar o alto valor da terra”, explica Maier.
Nos últimos três anos, o administrador adotou o plantio de grãos na reforma dos pastos. “Os grãos bancam os custos da reforma. Mas tomamos tais decisões fazendo bem as contas.”
Fonte:
O Estado de São Paulo. Suplemento Agrícola. 21 de novembro de 2007.
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