Estima-se que empresas brasileiras detenham cerca de 20% da cota argentina, que é de 28 mil toneladas.
A possibilidade de a Argentina tirar a cota Hilton das mãos de indústrias compradas por estrangeiros pode afugentar novos investimentos brasileiros naquele país - que já tem a presença do Friboi e Marfrig. Nesta quarta-feira (21), o Minerva anunciou que vai investir R$155 milhões no próximo ano, incluindo aquisições fora do Brasil. Mas a Argentina estaria de fora em função dessas restrições.
A previsão é que, no ano que vem, a porção da cota que passou de mãos argentinas para estrangeiras some 11,4 mil toneladas ou 40%. É por isso que dois deputados argentinos apresentaram um projeto de lei para frear a passagem da cota para multinacionais, informa o Gazeta Mercantil.
O diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres, afirma que a distribuição das cotas é feita pela capacidade de produção das empresas. "A medida é um nacionalismo atrasado", avalia. Apesar disso, ele comemora a internacionalização do Minerva. "Se os concorrentes têm acesso às cotas Hilton e aos mercados que pagam melhor, eu tenho de correr atrás. É um movimento que o mercado está fazendo", conclui. A dúvida de analistas é se ainda há plantas boas disponíveis no Uruguai e no Paraguai.
Fonte: Portal DBO. 22 de novembro de 2007.
<< Notícia Anterior
Próxima Notícia >>