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Scot Consultoria

Austrália prevê reduzir exportações e Brasil poderá ganhar espaço


Terça-feira, 19 de agosto de 2008 - 15h25

O Brasil poderá ganhar espaço em alguns mercados importadores de carne bovina atendidos pela Austrália em 2009. Segundo informação fornecida pela Scot Consultoria, os australianos esperam reduzir suas vendas externas do produto em 5% no ano que vem devido, entre outros problemas, ao clima que prejudica as pastagens, ao aumento de custos de produção e à volta da carne norte-americana ao continente asiático. A expectativa da Austrália é exportar 900 mil toneladas e produzir 2,14 milhões de toneladas de carne bovina no próximo ano. A possibilidade de cobrir a lacuna, para os brasileiros, estará nos mercados do Oriente Médio e países como Filipinas e Cingapura. Esses mercados representam 10% das exportações australianas. “Os principais importadores da carne australiana são Estados Unidos, Japão e Coréia. O Brasil ainda não atua nessas regiões”, esclarece Gabriela Tonini, consultora da Scot. “A possibilidade pode aparecer em mercados mais marginais, ou seja, para onde os australianos exportam menos volume, mas que são regiões importantes para o Brasil, como o Oriente Médio”, avalia. Cingapura e Filipinas, por exemplo, são países que estão importando mais cortes nobres do Brasil. O frigorífico Independência é um exemplo de quem está aumentando exportações. “Hong Kong, Filipinas e Cingapura absorveram grande parte dos cortes nobres que não estão indo para a Europa”, disse André Skirmunt, diretor comercial do Independência. Resultado financeiro O Independência divulgou ontem o resultado do segundo trimestre de 2008, período em que registrou lucro líquido de R$10,9 milhões - resultado 7,6% e 6,4% superior ao primeiro trimestre deste ano e ao segundo trimestre de 2007, respectivamente. A receita líquida foi 28,2% superior à do segundo trimestre do ano passado e alcançou os R$386 milhões. O desempenho resulta do aumento das vendas de 44,3%, sobretudo no mercado interno, em comparação a igual período do ano passado. Quanto ao preço do gado, os dirigentes do frigorífico disseram não esperarem surpresas para o terceiro trimestre. Se o consumo de carne bovina seguir estável, o preço do gado tende a manter os mesmos níveis. Notícia também divulgada ontem pelo frigorífico foi o início das operações de abate na unidade de Confresa (MT), arrendada por cinco anos, e com capacidade inicial para abater 1,1 mil cabeças/dia. O objetivo é chegar a 1,6 mil cabeças no médio prazo. Fonte: DCI. Agronegócios. Por Érica Polo. 19 de agosto de 2008.
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