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Scot Consultoria

Preço da arroba pode sofrer novas quedas


Sexta-feira, 16 de janeiro de 2009 - 16h56

No ano passado a arroba chegou a R$90,00, ontem o valor médio era de R$73,00 A redução do volume de abate pelos frigoríficos nas últimas semanas deverá provocar novas quedas nos preços da arroba do boi gordo para o pecuarista. Em Mato Grosso, algumas plantas deram férias coletivas devido à queda das importações motivada pela chegada do inverno europeu e pela repercussão da crise financeira mundial. “A tendência é a cotação continuar caindo”, afirmou ontem o presidente da Associação dos Criadores de Nelore de Mato Grosso (ACN/MT), José João Bernardes. Em Mato Grosso, a arroba do boi gordo estava sendo cotada ontem ao preço médio de R$73,00, queda de 19% em relação aos R$90,00 que os pecuaristas chegaram a receber no ano passado. “O mercado está muito volátil e não dá para arriscar uma previsão” (sobre o comportamento dos preços nas próximas semanas), avalia o superintendente da Associação dos Criadores do Estado (Acrimat), Luciano Vaccari. Apesar de existir oferta, os pecuaristas ainda estão inseguros em relação à extensão da crise mundial. “Não sabemos exatamente o que irá acontecer e também não podemos fazer planejamento porque os preços estão uma gangorra”, disse o pecuarista Alfredo Pinto Costa Marques. O diretor executivo da Associação dos Produtores Rurais (APR), Paulo Resende, afirmou que “ninguém tem parâmetros” porque os preços estão oscilando muito. “O mercado este ano ainda não está firme e só depois de março teremos uma idéia de como ficará o mercado”. CUSTOS – Enquanto os preços da arroba permanecem indefinidos, a Acrimat aposta que a crise mundial não deverá afetar um dos itens da cadeia de produção do pecuarista mato-grossense: os produtos veterinários. Apesar da previsão de uma pesquisa realizada pela Scot Consultoria apontar que os produtos veterinários deverão sofrer reajuste médio de 5% a 10% até o final de janeiro, consultores do setor fazem outra análise. Segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea), os produtos veterinários no mês de dezembro de 2008 e na primeira quinzena de janeiro de 2009 tiveram uma variação média de preços pequena, assim como o preço da arroba, não chegando a 2%. Alguns antibióticos tiveram redução de até 2,45% e antiinflamatórios 5,85%. A vacina contra a febre aftosa teve um aumento de preço, entre dezembro e janeiro, de 1,27% e a vacina contra raiva chegou a 12% de reajuste. Segundo revendedores de produtos veterinários, as variações nos preços, que geralmente ocorrem em janeiro, principalmente na segunda quinzena, “não terão espaço neste momento para acontecer”. O veterinário e supervisor de Vendas de produtos de nutrição e saúde animal, Júlio Capilé, admite que tanto os medicamentos quanto os demais produtos pecuários podem sofrer reajuste, mas não existe este indicativo. “O sal mineral, por exemplo, subiu no ano passado 120% e este ano a redução com relação a 2008 deve ser de 30% a 40%. Nos três últimos meses a queda foi de 14%”. Para Luciano Vaccari, o pecuarista deve prestar muita atenção no seu custo de produção. “O pecuarista deve fazer um bom planejamento e ficar com suas contas em dia para não sofrer com o problema de falta de crédito. Este é um momento de cautela e controle no custo de produção e os produtos veterinários são itens importantes”, orientou. Vaccari alerta ainda para que as empresas do setor pecuário “sejam parceiras dos produtores, pois o desempenho da produção reflete diretamente nas vendas dos produtos”. Fonte: Diário de Cuiabá. Por Marcondes Maciel. 16 de janeiro de 2009.
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