O mercado do boi gordo no Par est travado, com poucas empresas negociando gado. O motivo, segundo
Alex Santos Lopes da Silva, analista da
Scot Consultoria, que o Ministrio Pblico Federal est movendo uma ao contra fazendas e frigorficos do estado pelo avano da pecuria na regio amaznica, o que estimularia o desmatamento na floresta.
Cerca de 70 empresas que comercializam os derivados do abate (ou que os usam como matria-prima), entre os setores de higiene e limpeza, calados, couros, laticnios e supermercados, foram notificadas para que parem de faz-lo. De acordo com informaes do Ministrio Pblico Federal, os frigorficos podero continuar funcionando, desde que parem de comprar o gado das fazendas ilegais, diz
Silva.
As empresas que comercializam os derivados bovinos dos frigorficos tambm vo ter que se enquadrar s novas regras. A questo que dificilmente elas conseguem rastrear a origem desses subprodutos desde o campo. Na prtica, portanto, se no quiserem arriscar, podero simplesmente interromper os negcios com os frigorficos do Par, afirma o analista.
Por conta dessa questo, os frigorficos do estado praticamente esto fora das compras. Assim, produtores que trabalham dentro da lei tambm so penalizados, diz
Silva. Na regio de Paragominas, por exemplo, o preo referncia para o boi gordo caiu um real a arroba, passando a R$71,00 a prazo, livre de funrural.
Fonte:
Globo Rural. 9 de junho de 2009
<< Notícia Anterior
Próxima Notícia >>