Busca por novos mercados pode ser uma saída para melhorar o desempenho em 2011.
Relatório divulgado pela
Scot Consultoria na sexta feira, 19, aponta que o Brasil, apesar de ter condições para aumentar a produção de leite sem expandir a área destinada a atividade, não tem feito a lição de casa.
O bom resultado alcançado em 2008, lembram os analistas, foi provocado pela seca e queda na produção da Austrália e Nova Zelândia. Ainda assim, o embarque de 1,15 bilhão de litros de leite e a receita de US$500 milhões aos produtores brasileiros, não representou sequer 5% da capacidade de produção nacional. Em 2009 com a crise mundial, o faturamento com as exportações brasileiras de leite teve queda de 70% e as importações ficaram 25% maiores que em 2008. O resultado foi um deficit de US$115 milhões na balança comercial do setor.
Este ano, segundo a
Scot Consultoria, o cenário deve se repetir. As exportações seguem aquém do esperado e o mercado nacional tem sido inundado por um grande volume de leite e derivados importados. Entre os motivos para o mau desempenho do setor lácteo nacional, analistas da
Scot apontam o preço competitivo do produto importado, a desvalorização cambial e até mesmo a qualidade do produto brasileiro. A expectativa é de que o mercado brasileiro feche o ano, novamente no vermelho. Para 2011 analistas sugerem mais atenção na questão cambial para avaliar a possibilidade de investir mais, ou não, nas exportações. Outra medida que o setor deve adotar é a abertura de novos mercados. A demanda da Ásia e do Oriente Médio tem sido cada vez maior e o Brasil poderia aproveitar a boa relação com esses mercados para buscar novas oportunidades.
Fonte:
DBO. 21 de novembro de 2010.
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