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Scot Consultoria

Preço da arroba do boi no Brasil seguirá em alta este ano


Sexta-feira, 15 de julho de 2011 - 10h33

Falta de oferta, baixa demanda e o clima so as razes principais para a oscilao nos valores do gado brasileiro. Em 2011, a expectativa de abates menores - So Paulo. Os preos da arroba do boi no Brasil devem mesmo voltar a patamares mais elevados no segundo semestre deste ano. Isso porque a oferta de animais no foi recuperada como o esperado e o volume de abates deve ficar um pouco menor que o ano passado. Apesar disso, os preos no devem chegar a picos to altos, dado principalmente queda na demanda pela protena no Brasil. Os preos deste primeiro semestre ficaram 28,5% mais altos que o mesmo perodo do ano anterior. Desde o final do ano passado, quando o preo do boi chegou a patamares mdios de R$115 a arroba, dado principalmente baixa oferta de animais, ocasionada pelo grande volume de abates de matrizes nos ltimos anos, o preo do animal seguia em patamares mais elevados no Brasil. De janeiro a maio deste ano, a arroba seguia cotada acima dos R$100, e somente ao final do quinto ms os preos comearam a recuar. Segundo o analista da Scot Consultoria, Alcides Torres essa queda inicial foi causada por dois fatores: o primeiro foi em funo do clima que trouxe o frio e a seca antecipadamente, fato que levou os pecuarista do Pas a antecipar a engorda e a entrega dos animais. Com o frio e as secas, os produtores que j tinham o animal pronto resolveram comercializ-los logo para que eles no perdessem peso, e com isso os preos tambm recuaram, disse ele. A segunda razo apontada pelo analista a menor demanda interna pela protena, dado aos altos valores encontrados no mercado. O consumo de carnes no est ruim e nem pequeno, ele apenas deixou de crescer. Mas j estamos em patamares bastante elevados no consumo. Entretanto, isso ajudou a deixar o mercado mais conservador em relao aos preos, que por fim recuaram ao final de maio, e no ms de junho. Entretanto o movimento de baixa que animava os consumidores durou pouco, pois neste ms as cotaes j voltaram a ultrapassar a casa dos R$100 a arroba, novamente por conta de uma oferta ainda menor nestes primeiros dias do ms. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avanados em Economia Aplicada (Cepea), os poucos pecuaristas que ainda possuem lotes de animais se mostram resistentes em negociar, apostando em novos reajustes dos preos. O pessoal sempre acaba dando uma segurada nas vendas para aproveitar o momento, pois o pico da entressafra em setembro e outubro, e os preos tendem a ficar mais altos nessa poca. Muitos pecuaristas que tm condies de manter o gado em sua propriedade nessa poca esperam para vender e conseguir um lucro maior, contou Fernando Sampaio, diretor executivo da Associao Brasileira das Indstrias Exportadoras de Carne (Abiec) Para ele, a recuperao do volume de abates s deve comear de fato no ano que vem, e de forma progressiva at a adequao total do rebanho ao volume demandado. Essa recuperao da oferta s deve comear no ano que vem. No sabemos se ela ser o suficiente para conter a alta dos preos. Hoje o poder de abate do Pas menor que no ano passado, no muito menor no mximo uns 5%, frisou o executivo. Com isso, Alcides Torres acredita que o Pas poder visualizar trs cenrios distintos neste segundo semestre. O primeiro que se o consumo continuar em baixa a arroba deve ficar na casa dos R$100 a R$105. O segundo se refere variao mdia dos preos do primeiro para o segundo semestre, que historicamente sobem 9%, fechando assim a valores teto de R$110 a arroba. E a terceira um comparativo com o ano passado, que ao final os preos estavam at 20% mais altos que no primeiro semestre. Assim sendo, a cotao do boi ficaria superior a R$115. Ento mesmo o pior cenrio bom para os pecuaristas. No ano passado tivemos 15 dias com preos mdios de R$115 a arroba, e isso no impossvel de acontecer de novo. At o dia 13 de julho a mdia do ms para a arroba estava em R$98,92, contra os R$84,98 vistos nos primeiros 13 dias de julho do ano passado. Fonte: DCI. Agronegcios. Por Daniel Popov. 15 de julho de 2011.
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