Desde novembro de 2015 o mercado de carne bovina não registrava alta de preços superior a 1,0% no atacado. No acumulado dos últimos sete dias, porém, o reajuste chegou a 1,45%.
Isso, associado às recentes quedas nos preços da arroba, permitiu a recuperação das margens da indústria que faz a desossa, chegando aos 13,75%. Embora ainda abaixo da média histórica, que está ao redor de 20,0%, é o primeiro impulso, há meses, para incremento do resultado das indústrias.
A alta acumulada nos últimos sete dias foi puxada pelos cortes de traseiro, produtos que vinham sofrendo seguidas desvalorizações em 2016 e que ficaram 2,6% mais "caros" durante a semana.
Com a menor oferta de matéria-prima, os estoques de carne estão mais regulados à demanda e permitiu as valorizações.
As exportações, porém, seguem perdendo desempenho desde julho. Na primeira metade de agosto os embarques diários estão 7,5% menores do que o registrado há um ano.
Com a expectativa de redução na oferta de gado à medida que avança a entressafra, são importantes novos reajustes nos preços da carne para permitir pagamentos maiores para a arroba do boi gordo, já que isso melhoraria a margem dos frigoríficos.
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