Mercado em alta. A proximidade com o Dia das Mães associado ao pagamento de salários gera a expectativa de melhora nas vendas de carne. Isso, em um ambiente de lentidão na compra de matéria-prima, cria condições para aumentar os preços da carne.
A valorização acumulada nos últimos sete dias foi de 1,8%, puxada pelos cortes de traseiro, comportamento típico de períodos em que há algum estímulo, financeiro ou de datas especiais, para o consumo.
Neste ritmo, a margem dos frigoríficos não para de subir. Atualmente, a operação de uma unidade que faz desossa está entregando margem de 28,0%, mais de seis pontos percentuais acima da média histórica.
Aparentemente, sabendo que o cenário de consumo ainda não melhorou, as indústrias tem conseguido gerir seus estoques a ponto de não dar condição de alta para a arroba e, ao mesmo tempo, manter a oferta de carne regulada à condição atual do mercado interno.
Em um mês, os cortes sem osso subiram quase 5,0%, em média, em São Paulo, mais que o dobro da alta registrada nos açougues e supermercados paulistas no período.
Por fim, se a expectativa de melhora nas vendas se confirmar nesta primeira metade do mês, é a chance para que o mercado do boi tenha algum ímpeto para valorização neste período final da safra.
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