O aumento da produção de soja nos principais produtores tem elevado os estoques mundiais.
Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em 2016/2017, temporada encerrada, os estoques finais mundiais foram estimados em 96,28 milhões de toneladas, aumento de 23,2% em relação à temporada anterior.
Para 2017/2018, a estimativa é de 97,90 milhões de toneladas em estoques finais no mundo, um crescimento de 1,7%, frente ao ciclo passado.
A maior disponibilidade do grão é um fator de baixa sobre as cotações da soja para o primeiro semestre de 2018, especialmente a partir de fevereiro, quando a colheita no Brasil ganha força.
Importante destacar, porém, que contrapondo esta questão, temos a demanda mundial firme, que tem limitado as quedas de preços no mercado internacional e, pontualmente, dado sustentação às cotações. A expectativa é de que o consumo continue aquecido em 2018.
Outro ponto de atenção é o clima, mais especificamente a possibilidade de ocorrência de La Niña, que caso confirmado poderá prejudicar o desenvolvimento das lavouras e as produtividades, principalmente na região Sul do Brasil.
Neste caso, se confirmadas as perdas, os preços poderão ganhar sustentação, especialmente neste período que antecede a colheita da safra sul-americana. Por fim, atenção também ao câmbio e aos reflexos diretos sobre os preços no mercado brasileiro.
Locução feita por: Felippe Reis.
Análise de: Rafael Ribeiro.
Receba nossos relatórios diários e gratuitos