O preço da carne bovina completou a sétima semana seguida de alta no atacado. A valorização acumulada no período chegou aos 11,1%. Até que enfim um comportamento sazonal típico, depois de tantos que passaram “em branco”.
No ritmo em que a inflação vem vindo, aparentemente ainda não teremos uma valorização real da carne em doze meses. Mas, ainda assim está melhor. Entre setembro e novembro os preços nominais médios sempre foram menores que os do ano anterior. A média deste período é de um recuo de 4,6%. As cotações de dezembro de 2017 superam em quase 2,0% as de 2016.
Isto, certamente, é sinal concreto de recuperação da economia. Há alguns anos as contratações temporárias, de final de ano, por exemplo, não cresciam na comparação anual. Esta conjuntura faz crescer a expectativa para 2018. Mantido este cenário, teremos condições para que o escoamento melhore e “destrave” o mercado do boi gordo.
Outro ponto que demonstra a melhora no ímpeto de compra da população é a variação de preços dos cortes de traseiro que, no começo de dezembro, alcançou os da carne de dianteiro, e superou nas semanas seguintes. A elasticidade renda destes produtos “mais caros” é maior.
Para as indústrias, este cenário foi importante para que as margens fossem mantidas acima da média histórica, já que a arroba do boi gordo também subiu nas últimas semanas.
O ano termina com recuperação do consumo.
Locução feita por: Felippe Reis.
Análise de: Alex Lopes.
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