O mercado de reposição entra na oitava semana seguida de altas. No fechamento dos últimos sete dias a alta foi menos intensa (0,11%, considerando a média de todas as categorias e praças), mas desde o início do movimento de subida, o acumulado é de 1,3%.
O que chama atenção é que desde o ínicio de julho, as categorias mais jovens de machos e fêmeas nelore foram as maiores responsáveis pelos aumentos nos preços. Esse fato foi em decorrência das projeções poucos atrativas do confinamento, já que a sustentação dos preços dos alimentos concentrados diminiu a procura por animais de giro rápido.
Além disso, para os próximos meses, as incertezas quanto ao cenário político econômico do Brasil fazem com que investidores mirem em negócios de longo prazo.
Outro fenômeno que traz alerta para o mercado é a atual crise econômica pela qual passa a Turquia, país responsável pelo destino de 80% das exportações de gado em pé este ano.
A grande desvalorização da moeda turca frente ao dólar diminuiu o poder de compra dos turcos ocasionando menor demanda por animais vivos e inclusive quebra de contratos. E esse fenômeno foi um “balde de água fria” no mercado de reposição em estados como Pará e Rio Grande do Sul, já que uma parcela importante dos negócios para reposição eram embarcados.
Mas, na conjuntura geral, a tendência é que a oferta de boi gordo continue limitada, o que deve dar firmeza ao mercado e manter a demanda de recriadores e invernistas aquecida.
Locução feita por: Felippe Reis.
Análise de: Marina Zaia.
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