A pecuária brasileira terá de investir em genética para multiplicar produção em 11 vezes. Um estudo elaborado pela Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) aponta que, em menos de 30 anos, a produção brasileira de carne bovina deverá passar de 1,5 milhão de toneladas, dados compilados em 2012, para 17 milhões de toneladas, volume estimado em 2042. Em valor de exportação calculado no mesmo período, o Brasil deverá passar de US$ 5 bilhões de carne embarcada ao exterior em 2012 para US$ 28 bilhões previstos para 2042. Luiz Claudio Paranhos, presidente da ABCZ, avalia que, para chegar a esse resultado, será preciso investir na qualidade genética do rebanho nacional. O setor, observa ele, necessita melhorar sua produtividade. Além de obter uma melhor qualidade de carcaça, o melhoramento genético eleva o número de ocupações nos pastos.
Genética
Com investimento em genética, a produção pode subir de uma unidade para duas em um hectare. Existem propriedades modelo que já conseguiram atingir a marca de 10 unidade/animal por hectare, explica o presidente da ABCZ.
Leite (I)
No Sudeste, o mercado de leite teve recuo menos acentuado em fevereiro com produção caindo nas principais bacias leiteiras e demanda melhorando. Preço pago ao produtor ficou em R$ 0,88/litro no último mês, mas setor ainda sente os prejuízos da greve dos caminhoneiros. A analista Juliana Pila, da Scot Consultoria, conta que o recuo de fevereiro foi o menor registrado desde outubro de 2014.
Leite (II)
A demanda para o mercado do leite vem melhorando desde fevereiro e o esperado para a segunda quinzena de março são de preços mais altos do leite longa vida e no mercado spot, onde o cenário é mais firme em curto e médio prazo. Já no mercado atacadista, os preços dos lácteos subiram 0,8% na segunda quinzena de fevereiro, em relação à primeira metade do mês. O momento é positivo no mercado do leite.
Vacinação
O País vacinou mais de 97,8% do rebanho bovino e bubalino, contra a febre aftosa Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul alcançaram os maiores índices entre os estados. É o que mostra o balanço da segunda fase da campanha de vacinação realizada no segundo semestre de 2014. Projeções do ministério apontam que o Brasil será responsável por cerca de 45% do mercado mundial de carnes até 2020.
Mais chuvas no RN
Expectativa de continuidade das chuvas no Nordeste, mais no litoral, agreste e Zona da Mata do que no semiárido, pelo menos nos prognósticos dos meteorologistas. Chuvas variando dentro do normal a abaixo do normal. Para o setor leste do Nordeste, região em que as chuvas ocorrem com maior intensidade durante o período de abril a julho, a previsão é de chuvas dentro da normalidade com grande variabilidade temporal no início da estação, normalizando a partir de junho.
Calendário
Apesar das restrições orçamentárias, a Secretaria da Agricultura e Pecuária confirma o calendário de eventos agropecuários do Rio Grande do Norte em 2015. A primeira exposição será a Caprifeira de São Paulo do Potengi, de 17 a 20 de abril.
1- Os altos preços da carne bovina levaram a uma redução no abate de gado no País no ano passado. O consumidor substituiu o produto por frango e suínos nas refeições, segundo o IBGE. O País abateu 33,907 milhões de cabeças de gado em 2014, 1,5% abaixo do recorde histórico alcançado em 2013, de acordo com as Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha. A produção foi de 8,063 milhões de toneladas de carcaças bovinas em 2014.
2- O confinamento de bovinos vai crescer 7,65% em 2015 no Brasil, na comparação com 2014, diz a Associação Nacional dos Confinadores. Os confinamentos no Brasil vão engordar 4,478 milhões de cabeças. Em 2014 os confinadores haviam aumentado o volume de animais em 4%, para 4,16 milhões de cabeças. A entidade ressalta, no entanto, que grandes confinamentos, que dependem da compra de animais magros para abastecer seus lotes, ainda não garantiram todo o volume que planejam confinar.
3- Uma ação de fiscalização comercial coletou oito amostras de azeites, duas de bebidas alcoólicas e uma de néctar, farinha de mandioca, farinha de trigo, arroz e feijão. Os fiscais Federais Agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) atuaram na operação para verificar se os produtos mais consumidos pela população na sexta-feira santa estão de acordo com os padrões estabelecidos pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal.
Futuro
O Dia Mundial da Água é comemorado hoje (22/03). A água é fonte de desenvolvimento econômico, que frequentemente precisa de grandes volumes, assim como a agricultura e a produção energética, e precisam de "equilíbrio", explicou o principal autor de um relatório da Unesco, Richard Connor. Ainda existem no mundo 748 milhões de pessoas que não têm acesso a água livre de contaminação e as primeiras vítimas são os pobres, os marginalizados e as mulheres, segundo o estudo. O setor agrícola, que consome mais quantidade, terá que aumentar sua produção em 60% até 2050, o que provocará mais tensão no acesso à água.
Crise A
A falta de políticas públicas nacionais voltadas às questões energéticas nos últimos anos é responsável pelo fechamento de quase 41 usinas no Brasil. Outras 33 estão paradas mesmo que em recuperação judicial, além de 10 funcionando em recuperação judicial. Estima-se que mais 30 unidades entrarão em recuperação judicial em seis meses. Das 439 unidades do território nacional, apenas 343 continuam funcionando normalmente. O setor sucroenergetico ficou 20% menor depois de 2009, período quando a presidente Dilma Rousseff assumiu o primeiro mandato.
Fonte: Portal Tribuna do Norte - coluna Abrindo a Porteira, por Antonio Felipe Dias. Publicado em 22/03/2015. Veja em: http://tribunadonorte.com.br/coluna/2001
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