A pressão de baixa no mercado do boi gordo permanece nesta semana. Os frigoríficos estão testando novos patamares para reduzir os custos com a matéria-prima, diante de um consumo interno fraco.
A dificuldade no escoamento da carne faz com que as indústrias pressionem o mercado. Nesta terça-feira (5/7) o levantamento da Scot Consultoria apurou recuo em quatro regiões. Em São Paulo a referência é de R$ 155,50/@ à vista.
"Essa tentativa não tem tanta força diante da oferta limitada de boiadas, mas é suficiente para provocar alguns ajustes negativos em diversas regiões", acrescenta o analista da Scot Consultoria, Hyberville Neto.
Como parte da estratégia das indústrias frigorificas, as escalas de abate são alongadas artificialmente, registrado falhas e redução no volume abatido.
O baixo consumo interno reflete direto nos preços da carne no atacado. No mercado sem osso, considerando todos os cortes pesquisados as cotações tiveram queda de 1,4% nos últimos sete dias.
Os cortes do traseiro lideraram a desvalorização com recuo 1,45% na média de todos os itens. Já os preços dos de dianteiro recuaram 1,22% no mesmo período.
"Apesar de ser início de mês, continuamos com o mesmo ritmo de consumo, que tem como consequência as margens de comercialização dos frigoríficos", alerta Neto.
No lado da oferta a expectativa é de continuidade da baixa disponibilidade de animais terminados pelo menos no primeiro gira do confinamento. "A tendência é que a oferta chegue gradativamente no próximo mês até o pico geralmente em outubro", explica o analista.
Para o segundo turno a queda em relação ao ano passado deve ser mais sutil, devido à melhora na relação de troca, preços do milho e cotação futura.
Fonte: Notícias Agrícolas. 05 de julho de 2016.
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