Foto: Scot Consultoria
A Scot Consultoria finalizou mais uma rota do Confina Brasil 2022 - pesquisa-expedicionária que visita pecuaristas em todo o país para o levantamento de informações sobre os diferentes sistemas de produção.
Realizada de 15 a 18 de agosto com as duas equipes compostas por engenheiros agrônomos, médicos-veterinários e zootecnistas, a segunda fase da terceira rota passou pelo Centro-Sul de Rondônia, constatando gestões voltadas à qualidade dos animais e à dieta do gado.
O confinamento da Fazenda Rio Jaú, em Pimenta Bueno (RO), está em pleno crescimento. Em 2020, tinha capacidade para 1.500 cabeças; em 2021, saltou para 4.500 animais e neste ano atingiu 6.300 bovinos.
Segundo informações da assessoria de comunicação do Confina Brasil, a principal preocupação dos gestores tem sido o investimento em infraestrutura. Um armazenamento com maior capacidade e um silo secador de grãos são alguns investimentos já feitos pelos proprietários.
Assim como a Rio Jaú, o Confinamento Virtuosa, de Ariquemes (RO), entende que o melhor caminho para obter sucesso no negócio é ter uma propriedade eficiente e tecnológica.
Como projeto de expansão, os gestores investem em barracões e silos para maior armazenagem e em secadores de grãos para garantir a qualidade. Além disso, há uma linha de currais coberta e com o piso concretado para evitar o acúmulo de barro e dejetos – evitando estresse e proporcionando conforto aos bovinos.
Raphael Poiani, zootecnista e integrante de um dos times do Confina Brasil 2022, destaca que o Confinamento Virtuosa tem projeto para instalação de biodigestor. “Além de gerar bem-estar aos animais, o chão concretado deixa a área mais limpa e facilitará o trabalho do biodigestor, que está sendo projetado, pois os dejetos dos animais irão com menos terra e pedras ao equipamento”.
Por meio de ação bacteriana, os dejetos acumulados no biodigestor serão transformados em biogás e biofertilizante. O biogás poderá servir de energia para a propriedade, já o biofertilizante pode ser aproveitado nas áreas de pastagens e na lavoura.
Com essa estratégia, a propriedade se torna mais sustentável e lucrativa, pois além de evitar que resíduos contaminem a natureza também reduz custos com fertilizantes e energia.
A presença dos patrocinadores do Confina Brasil também foi evidenciada nas visitas da segunda parte da terceira rota. O Confinamento VitaSal, em Presidente Médici (RO), por exemplo, faz uso de Rumensin, da Elanco – patrocinadora “Ouro” da terceira edição da pesquisa-expedicionária – a fim de obter taxas de ganhos de peso maiores e elevar a eficiência alimentar dos animais.
Outra patrocinadora, a Nutron Cargill, oferece assistência técnica à Fazenda Aeroporto, do Grupo IG, sediada em Jaru e que atua como semiconfinamento. “A equipe da Nutron visitou a propriedade conosco e nos mostrou bons dados de ganho de peso diário e rendimento de carcaça”, conta Raphael Poiani.
Localizado em Rolim de Moura (RO), o CSAP – confinamento do grupo Minerva Foods – também trabalha com a assistência técnica e fornecimento do núcleo da Nutron na dieta dos animais. O confinamento funciona como boitel, prestando serviço de engorda aos animais de terceiros.
A propriedade também é local de experimento da patrocinadora do Confina Brasil. “A Nutron está realizando experimento no CSAP. Trata-se da mensuração de dados de consumo de matéria seca e de água, ganho de peso médio diário e rendimento de carcaça dos animais que estão em sombra e os que estão em locais descobertos. O objetivo é evidenciar o efeito do conforto proporcionado pela baixa temperatura gerada pelo sombreamento, obtendo melhores resultados”.
Matéria originalmente publicada em: Confina Brasil: pecuaristas de RO investem em estrutura e dieta de qualidade
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