Especialistas trazem diferentes pontos de vista sobre investimento na pecuária

Dois pontos de vista sobre investimento na operação em fazendas de pecuária de corte foram trazidos durante o Encontro de Confinamento e Recriadores da Scot Consultoria, edição 2025. Julio Barcellos, professor titular da UFRGS palestrou sobre diluição dos custos e aumento no desembolso, enquanto o professor titular da ESALQ/USP, Moacyr Corsi, explanou sobre aumentar ganhos sem aumentar o desembolso.

Para Barcellos, a lógica de uma visão sistêmica é enxergar o todo apostando na possibilidade de reduzir custos fixos, aumentando a produtividade. 

“Uma visão mais sistêmica enxergando uma linha temporal possibilita definir desde o momento em que a vaca é inseminada com boa qualidade genética, até daqui mil dias, quando terá o abate do animal”, apontou Barcellos.

Ele detalha a recria como uma etapa em que é possível ‘movimentar’ as variáveis que impactam os custos. “O ‘x’ da equação é a diluição do custo fixo para o bezerro nascer. Se não diluir o custo, o ponto de partida da eficiência está comprometido. O resultado econômico de cada tipo de custo variável somado ao custo fixo. Gaste mais no variável, aumente o desembolso e melhore seu resultado econômico”.

Já o professor Corsi trouxe detalhes de como aumentar os ganhos, principalmente se atentando à pastagem, e reduzir os investimentos. “A eficiência de pastejo é o que o animal efetivamente come e que engorda”.

A altura da pastagem é algo importante a se considerar, conforme a cultivar escolhida, além do pecuarista lidar com os resíduos pós-pastagem.

“Adubação de pastagem tem que ser feita logo depois da saída dos animais do pasto. Preciso pensar na eficiência de pastejo que está sendo delegada a uma pessoa que está mudando os animais do agosto, ou mudando eles, sendo um rotacionado. Profundidade de pastejo também é importante para que ele tenha ganhos expressivos na produção”, detalhou Corsi.

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