Estudo do Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - divulgado ontem, dia 23 de maio, confirma o que todo mundo instintivamente sabia: as exportações do agronegócio que iam bem começam a claudicar e o produtor agrícola, o pecuarista, o agricultor estão batendo o pino.
A política cambial custou, mas está conseguindo liquidar a competência do campo brasileiro, para a alegria dos nossos concorrentes. Com amigos assim, quem precisa de inimigos?
O Índice de Atratividade das Exportações do Agronegócio (IAT-Agro/CEPEA) ficou abaixo da média dos últimos 17 anos.
Isso significa que as exportações estão michando. Segundo o Cepea o nível ainda é melhor do que na década de 90, a década perdida, mas se continuar como está vamos assistir a um meia-volta volver. Para desgraça nacional.
O estudo revela que um dos motivos das exportações terem continuado firmes apesar da queda dos preços é a falta de opção no mercado interno. Não há alternativa que não seja a redução da oferta através da restrição da produção e das conseqüências nefastas dessa decisão.
Crescimento econômico doméstico sofrível, juros na casa do chapéu e crédito inacessível também não ajudam e não ajudaram em nada.
Fenômeno brasileiro, pois a renda no resto do mundo está crescendo. Daí o caminho obrigatório das exportações. E nem se falou na seca, nas pragas agrícolas, de estradas temerárias, do preço do combustível, e do fertilizante, que ciclicamente penalizam o produtor.
Não é mole. (AT)
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