Durante as décadas de 1970 e 1980, com o Programa Brasileiro de Álcool - Proálcool, a expansão da indústria sucroalcooleira na região de Ribeirão Preto, ocasionou uma grande valorização nas terras de primeira cultura.
Desde então, a área plantada com cana avançou, principalmente, sobre as áreas de pastagem. A pouca disponibilidade de matas nativas, a pressão dos órgãos ambientais e a baixa rentabilidade da atividade pecuária nos últimos anos, foram fatores que contribuíram para o aumento da área plantada de cana e a diminuição na área de pastagem em São Paulo.
Atualmente, esta região do interior paulista detém a maior concentração de usinas do país. Entre 2001 e 2005, as terras de primeira cultura valorizaram cerca de 400% e as terras de pastagens na mesma região e período, valorizaram aproximadamente 200%, fruto da grande procura por essas áreas por parte das usinas.
Até 2010, cerca de 90 usinas deverão ser construídas no Brasil, 31 já estão em andamento. Já na atual safra, duas dezenas de novas usinas devem entrar em operação no Centro-Sul e no Centro-Oeste do Brasil.
No total, os 90 projetos envolvem uma área plantada de aproximadamente 2,7 milhões de hectares.
A segunda onda de investimento neste setor tem um novo perfil de investidores. Pecuaristas, produtores de grãos e multinacionais que atuam em várias áreas enxergam na produção de açúcar, álcool e energia uma ótima alternativa de investimento.
A julgar pelo que ocorreu na região de Ribeirão Preto durante o Proálcool, o grande número de usinas sendo construídas na região centro-oeste deve causar uma grande valorização das terras nesta região nos próximos anos. (FLI)
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