As exportações brasileiras de carne bovina cresceram 7,57%, para 201,9 mil toneladas equivalente carcaça em setembro de 2006, ante 187,7 mil toneladas no mesmo período do ano passado. Na comparação com agosto, quando 248,3 mil toneladas foram embarcadas, houve queda de 18,7%. Os números foram divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
A receita cambial com a exportação de carne bovina em setembro de 2006 somou US$ 353 milhões, o que representa um crescimento 30% em comparação a igual período em 2005. Na comparação a agosto, quando a receita foi recorde em US$403,2 milhões, houve queda de 12,46%.
Segundo a Abiec, o mês de setembro é tradicionalmente um mês marcado pela diminuição nas exportações de carne bovina. Mesmo assim, a receita cambial manteve a média. Há dois fatos que tornam setembro diferente dos demais meses no mercado mundial de carne bovina. O primeiro é a realização do Ramadã, mês sagrado dos muçulmanos, quando os países islâmicos compram menos mercadorias. E na União Européia (UE), por ser um mês pós-férias, as empresas tradicionalmente diminuem as operações e montam estratégias para as compras das festas de fim de ano.
No acumulado de janeiro a setembro a exportação de carne brasileira rendeu US$ 2,8 bilhões em receita cambial, valor 17,58% maior do que o valor apurado no mesmo período do ano anterior. O volume embarcado nos nove meses de 2006 foi de 1,7 milhão de toneladas (equivalente carcaça) o que representa um crescimento de 3,7% em comparação a igual período de 2005.
No acumulado do ano, a Rússia aparece como o principal país de destino de carne in natura, com aquisições de US$399 milhões em receita cambial. O segundo país na lista de in natura é o Egito, com receita de US$308 milhões, seguido por Holanda, Itália, Reino Unido, Argélia e Alemanha. Também nos primeiros nove meses do ano, os Estados Unidos foram os que mais compraram carne industrializada (US$ 205 milhões de receita para 118 mil toneladas embarcadas) seguidos pelo Reino Unido, Holanda e Itália.
Fonte:
O Estado de São Paulo, Agronegócio. 10 de outubro de 2006
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