Brasil é país que mais preserva florestas

Uma pesquisa realizada pela Empresa Brasileira de pesquisa Agropecuária (Embrapa) avaliou o porcentual que cada região do planeta respondia por florestas nativas. A conclusão foi que nos últimos 8 mil anos, a fatia brasileira cresceu três vezes e a da Europa, excluindo-se a Rússia, diminuiu 73 vezes. O território brasileiro é a área do planeta em que, em termos relativos, as florestas originais mais têm sido preservadas. O governo pretende utilizar o documento, a ser divulgado oficialmente até o próximo mês, para desmistificar e refutar críticas sobre o desmatamento da Floresta Amazônica, utilizadas nas ameaças de barreiras não-tarifárias ao agronegócio brasileiro. Foi por essa razão que a Embrapa realizou o trabalho. E por conta do protecionismo exacerbado a Europa foi usada de modelo comparativo. O continente europeu é o maior cliente dos produtos agrícolas brasileiros, mas também é um dos que mais impõem barreiras tarifárias e não tarifárias. Foi mostrada uma prévia do resultado do estudo em reunião da Câmara de Comércio Holanda-Brasil, em Amsterdã, e o impacto foi muito grande. De acordo com o levantamento, o Brasil tinha, há 8.000 anos, 6,3 milhões de quilômetros quadrados em florestas, ou 9,8% do porcentual mundial de cobertura primária de matas. Na mesma época, a área européia com florestas correspondia a 7,3% da área mundial ou 4,7 milhões de quilômetros quadrados. Desde então, o Brasil desmatou quase 2 milhões de quilômetros quadrados, hoje possui 4,38 milhões de quilômetros em florestas primárias, mas responde por 28,3% da área atual no mundo. Só que a escalada na devastação na Europa fez com que apenas 14 mil quilômetros quadrados das florestas originais resistissem, uma redução de 4,67 milhões de quilômetros quadrados, praticamente a área atual de florestas no Brasil. Os dados da pesquisa mostram ainda que 41% das florestas preservadas do mundo estão na América do Sul, ante 18,5% há oito mil anos. (MGT) Fonte: O Estado de São Paulo. Adaptado por Scot Consultoria. 16 de outubro de 2006.
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