De acordo com matéria divulgada pelo Valor Econômico em 17 de novembro de 2006, as agroindústrias estão em ritmo de recomposição de faturamento e rentabilidade e queda no nível de endividamento.
A reversão do cenário decorre basicamente da melhora dos preços internacionais de alguns produtos, sobretudo grãos. Quebra de safra em alguns países, demanda crescente para a produção de biocombustíveis e áreas restritas para a expansão indicam uma mudança estrutural de cenário.
Um estudo realizado pela Serasa considerando o primeiro semestre de 2006 comprova a recuperação. O levantamento é baseado nos balanços divulgados por empresas do setor, envolvendo frigoríficos, esmagadoras de grãos, laticínios e outras indústrias de alimentos. Este segmento passou a apresentar rentabilidade positiva de 2,2% em relação ao faturamento líquido e um endividamento correspondente a 159% do valor do patrimônio líquido, ante 174% no ano passado. A área de óleos e farelos apresentou os piores índices, enquanto as áreas de carnes e lácteos apontaram resultados mais favoráveis.
As dívidas diminuíram, mas de acordo com o superintendente técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) o setor ainda enfrentará problemas em 2007 em função do endividamento ainda ser alto. Mas por outro lado, com o término do período de custo baixo para alimentação – componente da campanha para reeleição do presidente – os produtos agrícolas devem voltar a se valorizar e ajudar a melhorar o setor.
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