A doença da língua azul atinge 434 animais na Holanda. Em toda a Europa, cerca de mil cabeças apresentam o sintoma e podem estar contaminados.
A doença da língua azul é uma enfermidade infecciosa, que acomete especialmente bovinos e ovinos, de notificação obrigatória, pertencente à lista A da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). É a mesma classificação recebida pela febre aftosa e apresenta as mesmas conseqüências, em termos de sanidade e paralisação do fluxo de comércio da carne e derivados.
O primeiro caso - mais recente - da doença foi verificado em agosto de 2006, em uma fazenda no sul da Holanda, perto da fronteira belga. Atendendo à regulamentação sanitária internacional, o fluxo de animais entre a região afetada e o resto do continente vem sendo controlado.
Entretanto a preocupação das autoridades é em relação ao progresso da contaminação. Propriedades na Bélgica, Luxemburgo, Alemanha e França também já notificaram animais doentes. Por ser transmitida por um mosquito que é muito resistente, o controle da doença da língua azul é extremamente complicado.
Medidas de controle foram tomadas na região afetada pela enfermidade. Zonas de vigilância e de proteção especial foram criadas próximas aos locais onde estão os animais contaminados.
A Agência Francesa de Segurança Sanitária dos Alimentos descartou o perigo para a saúde humana, mas salientou que pode haver prejuízo no comércio europeu de carnes em função dos casos da doença.
Um exemplo ainda presente no pensamento dos europeus foi a ocorrência de vaca louca na Europa, redução do consumo de carne bovina e reflexos desastrosos para a economia nos anos 90. O impacto sobre o consumidor nos anos 90 e início da década levou a desastres em criadores de bovinos em países como a Grã-Bretanha e a França. Em 1996, a União Européia chegou a decretar o embargo às carnes inglesa e irlandesa. Os casos de mal da vaca louca foram drasticamente reduzidos. (MGT)
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