De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), o Brasil exportou no primeiro semestre de 2005 cerca de 1.142,3 mil toneladas equivalente carcaça de carne bovina. Um aumento de quase 32% sobre as 867,8 mil toneladas equivalente carcaça do primeiro semestre de 2004.
No mesmo período, o faturamento saltou de US$1.122,7 mil para US$1.459,5 mil, alta de 30%.
As vendas externas têm evoluído bem, mesmo com o dólar baixo. Isso porque já se criou uma cultura exportadora. Além do mais, os frigoríficos fazem hedge de dólar na BM&F, e os preços externos estão bem acima dos praticados internamente.
No entanto, para os próximos anos, o desaquecimento esperado para a economia mundial pode influenciar negativamente o andamento das vendas. Nesse sentido, seria importante que o Brasil conseguisse ampliar mercados, ao invés de somente buscar aumentar as vendas para clientes já consolidados.
O problema é que os grandes importadores, como Estados Unidos, Taiwan, Japão e Coréia do Sul, que respondem por cerca de 60% do comércio mundial de carne bovina (em faturamento), não aceitam a carne in natura brasileira, já que o país não é considerado livre de febre aftosa.
A abertura desses mercados refratários à carne brasileira depende ainda de muita negociação, e quase ninguém espera por resultados expressivos em curto prazo. Tanto é assim que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que as exportações brasileiras de carne bovina cresçam somente mais 14% até 2014. (FTR)
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