Apesar da recuperação nos preços observada no segundo semestre desse ano, o traseiro bovino, de onde são retirados os cortes de preferência nacional, deve fechar 2006 com a média anual mais baixa dos últimos anos.
Ao longo do ano normalmente se observa uma diferença expressiva entre o preço do traseiro bovino no primeiro semestre em relação ao segundo semestre, devido, principalmente, à menor oferta de boi gordo na entressafra.
Ou seja, essa recuperação já era esperada. Veja figura 1.
A diferença do preço entre dezembro (até dia 14) e janeiro é de 13,5%. Considerando que o consumo permaneça estável, mas que a oferta de carne no mercado aumente, em função da maior disponibilidade de gado terminado, existe a possibilidade de novos recuos para a carne no atacado.
Se o preço não se alterar e sustentar os mesmos R$4,60/kg atuais até o final do ano, a diferença entre dezembro e janeiro ainda será de 13%.
Entretanto, apesar da recuperação ao longo do ano, 2006 deve fechar com preços médios abaixo de 2005. Veja figura 2.
Pelo preço médio de 2006, cerca de R$4,21/kg, tem-se o patamar mais baixo desde 1996. Para 2007, de forma análoga ao boi gordo, a cotação das carnes bovinas no atacado deve iniciar um movimento de recuperação, diante do ajuste na disponibilidade de animais para abate, após anos de abate expressivo de matrizes. (LMA)
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