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Mercado espera por desaceleração das exportações em 2007


Quarta-feira, 3 de janeiro de 2007 - 07h00

Apesar da valorização do real, o Brasil exportou forte em 2006. Porém, em relação a 2005, o ritmo de expansão das vendas externas diminuiu de 22,63% para 16%. A informação é do jornal Folha de São Paulo. Para 2007, alguns consultores entrevistados pela Folha, esperam que as exportações brasileiras cresçam ainda menos. Na verdade, as previsões oscilam entre leves retrações e expansão de 10%. Já para as importações, as apostas dão conta de crescimentos entre 10% e 20%; sendo que, em 2006, as importações já haviam se expandido em 24%. Portanto, avançaram mais que as exportações, algo que não era registrado desde 1997. As principais razões para a diminuição da velocidade das vendas externas são a valorização do real (a principal), o menor crescimento da economia mundial (ainda deve crescer forte, mas um pouco menos que nos últimos 2 anos) e o esgotamento da capacidade das empresas aumentarem os preços dos produtos em negociação. Estatísticas elaboradas pelo Funcex (Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior) mostram que a alta dos preços sustentou o avanço das exportações em 2006. Nos 12 meses encerrados em outubro, o preço médio dos produtos comercializados no mercado internacional teve alta acumulada de 12%, enquanto o volume aumentou 5,3%. Com a carne bovina não foi diferente. No acumulado de janeiro a novembro de 2006 o Brasil exportou quase 2,10 milhões de toneladas equivalente carcaça (tec), com faturamento de R$3,56 bilhões. Em relação ao mesmo período de 2005, quando os embarques chegaram a 1,97 milhão de toneladas, no valor de US$2,82 bilhões, houve aumento de 6,6% em volume e 26,2% em faturamento. O preço médio da carne bovina exportada (in natura + industrializada) ficou em US$1.684,62/tonelada equivalente carcaça em 2006, contra US$1.421,63/tec em 2005, um aumento de 18,5%. Concomitantemente, no acumulado de janeiro a novembro de 2006, em relação ao mesmo período do ano anterior, o real se valorizou em 11,4% frente ao dólar. O aumento dos preços internacionais da carne bovina, graças aos trabalhos de marketing e, sobretudo, a uma conjuntura favorável em termos de oferta e demanda, permitiu aos exportadores brasileiros alcançarem bons resultados em 2006, apesar do dólar baixo e dos embargos internacionais. (FTR)
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