Análise anual realizada pela Scot Consultoria novamente registra a rentabilidade dos arrendamentos para cana superiores à produtividade da produção e fornecimento.
Em média, no Estado de São Paulo, os arrendamentos têm proporcionado rentabilidade de 4,8%, enquanto a produção e fornecimento proporciona uma rentabilidade em torno de 3,9%.
Em termos de renda líquida, por hectare, a média paulista para os arrendamentos é de cerca de R$640,00/ha/ano. O fornecimento da produção própria para indústrias rende em torno de R$620,00/ha/ano.
Embora os resultados por hectare sejam semelhantes, a rentabilidade do fornecimento de cana é menor pela maior necessidade de investimentos para produção. No caso do arrendamento, o único ativo envolvido na análise é o próprio valor da terra.
Nos últimos quatro anos, apenas em 2003 os resultados da produção e fornecimento superaram a média dos arrendamentos.
Essa informação, no entanto, não deve ser tomada como critério principal de decisão. Embora renda menos atualmente, estrategicamente é bem melhor continuar como produtor e fornecedor do que como fornecedor de terra para arrendamentos, desde que se tenha condições.
Outras vantagens estão envolvidas nos cálculos, como por exemplo, os recursos para re-investimentos, a ocupação do empresário e a maior segurança em épocas desfavoráveis do mercado.
Arrendamentos podem ser um bom negócio quando o proprietário da terra não depende da produção rural para sobreviver. Quando é dependente, no entanto, a decisão de arrendar pode ser considerada de alto risco.
Entre janeiro e fevereiro, a Scot Consultoria analisará alguns pontos envolvendo as vantagens e desvantagens dos arrendamentos, e da produção de diversos produtos agrícolas, nos seus informativos Boi & Companhia e A Nata do Leite. Vale a pena ficar atento. (MPN)
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