O resultado das exportações de carnes em 2006 refletiu diretamente o cenário mundial. A desvalorização do real frente ao dólar, a gripe aviária e os embargos levantados para a carne brasileira, em função da febre aftosa, causaram impacto nas exportações brasileiras de carnes.
Para a carne de frango, de acordo com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef), o resultado com as exportações em 2006 foi pior que no ano anterior. Em volume, houve retração de 4,67% e, em receita, o total exportado em 2006 diminuiu 8,70% se comparado a 2005.
As exportações de carne suína também diminuíram, como reflexo do embargo da Rússia, o maior comprador da carne suína brasileira. Comparando a 2005, houve recuo de 15,53% no volume exportado em 2006 e queda de 11,22% no faturamento.
Já a carne bovina ajuda a sustentar as exportações do complexo carnes. Entre 2005 e 2006, a receita obtida com as exportações de carne bovina cresceu 28,68%, enquanto o volume aumentou cerca de 13%.
Veja o que aconteceu, por exemplo, com a Sadia, uma das grandes empresas do setor de carnes no Brasil. A receita operacional bruta da empresa caiu em 2006, mas mesmo assim está entre as maiores de sua história.
O segmento de bovinos foi o destaque do resultado da companhia no mercado externo. A receita em 2006 aumentou 135,10% e o volume cresceu 119,90%. Para as carnes de aves, a empresa embarcou volume 5,70% menor para o mercado externo em 2006, levando a uma queda na receita de 18,10%.
Para os suínos, o recuo foi maior. A Sadia exportou, em 2006, volume 23,10% menor, como resultado do embargo russo. (MGT)
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