A Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) aprovou na última sexta-feira (23/02) a condição de área livre de febre aftosa sem vacinação para o Estado de Santa Catarina. A decisão será confirmada na reunião do órgão em maio, mas o ânimo catarinense já começa a esquentar.
Até a semana passada, nenhuma região do Brasil jamais conseguiu esse status de livre de aftosa sem vacinação. Com a aprovação da OIE, não existem mais explicações plausíveis para países como os Estados Unidos e Japão aplicarem restrições à carne catarinense.
A incerteza fica por conta do princípio de regionalização, que alguns países não aceitam. A França, por exemplo, não aceita esse critério de regionalização uma vez que o Brasil também não diferenciava os produtos agropecuários de regiões diferentes do país europeu. Entretanto, estes passam a ser detalhes inerentes às negociações.
A febre aftosa será sempre um fator de cautela dos pecuaristas brasileiros, sobretudo devido à riqueza de nossa fauna. Nas regiões de florestas brasileiras existem inúmeras espécies de animais susceptíveis à febre aftosa, e que podem ser hospedeiros do vírus.
A localização geográfica de Santa Catarina facilita a obtenção desse título, mas é perfeitamente possível que outras regiões alcancem o mesmo status. Entretanto para todo o país essa condição é inviável.
A suinocultura catarinense deve ser o setor agropecuário que mais se beneficiará com a condição sanitária conquistada. O Estado exporta grande parte da sua produção e, após os embargos sofridos em 2006, houve uma severa crise. (LMA)
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