Os exportadores de soja assinaram em julho de 2006 uma moratória, em que se comprometeram a não comprar soja, por dois anos, de produtores que desmatam a floresta amazônica.
A Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), segundo reportagem do jornal Valor Econômico de 6 de março, dimensiona a importância da questão ambiental na produção do agronegócio – “a sustentabilidade veio para ficar”.
O setor prepara a criação do Instituto para Desenvolvimento do Agronegócio Sustentável (ARES), que deve ser inaugurado em abril.
O objetivo da criação do instituto é aprofundar o debate sócio-ambiental entre os setores do agronegócio e sociedade civil. Para o setor, os debates sobre a questão ambiental são emocionais, com ausência de informações técnicas e contundentes.
Para tanto, os estudo devem relacionar a produção com os impactos ambientais e com a sociedade envolvida na atividade em determinadas regiões – os stakeholders.
Todas as questões técnicas e mercadológicas devem ser analisadas, inclusive as questões das barreiras não-tarifárias.
Enfim, a iniciativa mostra amadurecimento do setor. Representantes do agronegócio partem para diagnosticar problemas, esclarecer e propor soluções. É por aí.
Essa tendência deve se expandir para todos os demais setores do agronegócio. As questões ambientais e sociais da produção agropecuária serão de importância cada vez maior para o mercado.
Quem subestimar a importância destas questões, tanto para o mercado como para o desenvolvimento de projetos, errará feio. (MPN)
<< Notícia Anterior
Próxima Notícia >>