É moda! Critique os EUA, malhe o Bush (antes era o Judas), levante faixas, piche muros e bravateie o máximo de chavões. E cuidado, pois se não o fizer os intelectuais o taxarão de reacionário, conformado, com a alma vendida aos interesses norte-americanos.
É essa moda que, por ocasião da visita do presidente norte-americano George W. Bush, tomou conta das ruas, da televisão, fóruns e até mesmo do Congresso Nacional.
Bush se reunirá com o presidente Lula para discutir parcerias para produção de álcool combustível. É bom para o Brasil, pois abre mercados para produtos que somos competitivos. É bom para o ambiente, pois apressa a substituição do uso de combustível fóssil para o combustível renovável, limpo.
Abre também espaço para negociar mais vantagens na relação comercial com os norte-americanos. Claro que para isso o País depende dos raros momentos de competência de alguns representantes da nação. Mas a oportunidade está lá! É a história do cavalo passando arreado.
Enfim, desde que o Brasil faça a própria parte, são várias as vantagens que as reuniões entre os dois presidentes podem trazer para o País em termos comerciais, pesquisas, investimentos.
Investimentos... Talvez os cérebros menos privilegiados não possibilitem a compreensão de que investimentos estão totalmente relacionados com a geração de empregos. E também, evidentemente, com respostas financeiras em lucros.
É incontestável a importância que um relacionamento comercial saudável com os EUA pode trazer para o país. Até Hugo Chávez reconhece, sem admitir, é claro.
Mesmo assim, jovens universitários se unem em bravatas contra a visita do presidente. “Intelectuais” fazem coro aos universitários. Nem é preciso dizer nada sobre a Pastoral da Terra, MST, Via Campezina e outros grupos equivalentes.
Pasma, no entanto, que programa televisivo direcionado ao setor rural invista apenas dois minutos do programa em entrevista com um ex-ministro esclarecendo tecnicamente os benefícios comerciais que tal parceria pode trazer, e gaste outros quase dez minutos trazendo as falas de representantes de grupos imorais, baderneiros e mesmo estudantes (sei lá se estudam mesmo) bravateando contra a presença de Bush. Vá entender. É a preferência do ridículo à informação.
Até no Congresso Nacional foram levantadas faixas contra a presença de Bush. Bom, apesar de ser o Congresso Nacional o símbolo da democracia, infelizmente o nosso já deu prova do que é capaz. Até “dancinha da pizza” em comemoração à vitória de corruptos já teve. A corrupção não é mais vergonha.
Enfim, com toda expectativa que uma eventual parceria traz em quem trabalha, gera empregos e paga impostos, infelizmente o que vai ficar na memória dos brasileiros com relação à visita de Bush serão os protestos e o forte esquema de segurança.
E também a fala de João Pedro Stédile, presidente do MST e representantes de outros grupos de baderneiros que consomem parte dos impostos pagos pelos outros. “Não podemos presentear os Estados Unidos, com nossas riquezas, para que eles abasteçam os seus carros”.
Presentear??? A intenção é vender. A riqueza só existe se o objeto, seja metal, agrícola, fóssil, pecuário ou qualquer outro for transformado em dinheiro ou recursos. De resto, nada adianta. É o mínimo que se deve entender de economia.
Presente mesmo foi dado para Evo Morales. O Brasil investiu, construiu, implantou tecnologia, deu de presente e ainda aceitou comprar e pagar mais caro por um produto que os bolivianos nem teriam mais a quem vender por simples motivo de logística. Isso sim é presente. (MPN)
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