Cerca de 60 mil toneladas de soja da Cargill estão aguardando para serem transbordadas no terminal embargado pela Justiça em Santarém, no Pará.
De acordo com a transportadora responsável por 100% do volume movimentado pela Cargill na região, o prejuízo deve chegar a R$111 mil ao dia, ou R$3,4 milhões ao mês.
A ação civil pública que resultou no fechamento do terminal foi movida pelo Ministério Público Federal em 2000, quando iniciaram as obras do porto.
Agora resta à Cargill executar o Estudo de Impacto Ambiental (Eia-Rima). Segundo o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), a elaboração desse estudo possivelmente vai exigir da empresa compensações ambientais pelos impactos indiretos causados pelo terminal.
Mesmo sem dados oficiais, o Ibama alega que a instalação do terminal redundou no aumento do desmatamento e da ocupação de terras públicas no entorno do porto. De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Pará produziu 5,5 mil toneladas de soja na safra 1997/98 e na safra 2005/06 a produção alcançou 238,1 mil toneladas.
Já a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), discorda que está havendo desmatamento, o que ocorre é a ocupação de terras abertas pela pecuária. A Faepa estima que ainda existem 20 milhões de hectares de pecuária que poderiam ser incorporados à agricultura, sem a abertura de áreas novas. (FLI)
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