O negócio é o seguinte: Estados Unidos e Coréia do Sul anunciaram a intenção de selar um acordo comercial no campo da comercialização de carne bovina. Ele prevê, a partir de 2008, o início da redução da tarifa de importação de carne bovina norte-americana por parte da Coréia. Hoje ela está em 40%, sendo que a intenção é zerá-la em 15 anos.
Fora isso, a Coréia vem sinalizando com o afrouxamento do rigor da inspeção sanitária, que barrou os últimos carregamentos de carne dos Estados Unidos por conta da presença de minúsculos fragmentos de osso.
Diante disso tudo, o
Meat and Livestock Australia (MLA) estima que os Estados Unidos coloquem 80 mil toneladas de carne bovina, dentro da Coréia, este ano. Isso equivale a 36% do volume absorvido pelos coreanos em 2003, antes da crise da vaca louca nos Estados Unidos. Em 2008 os norte-americanos deverão exportar cerca de 120 mil toneladas para a Coréia (54% do nível de 2003), chegando a 160 mil toneladas em 2011 (71% do nível de 2003).
A retomada das vendas dos Estados Unidos, mais a tendência de aumento da produção doméstica de carne bovina da Coréia, tendem a derrubar os preços locais. Esse cenário, no entanto, deve ajudar a aumentar a demanda por carne bovina por parte dos coreanos, quem sabe retornando aos níveis anteriores à crise da vaca louca.
O impacto da retomada das exportações dos Estados Unidos sobre as vendas australianas à Coréia irá depender, portanto, da força da expansão do consumo coreano. O MLA acredita que se a demanda retomar 20% das perdas que vem registrando desde 2000 (e que se intensificaram após a vaca louca nos Estados Unidos), o mercado para a carne bovina da Austrália estará preservado mesmo com o aumento da participação norte-americana em 50%. (FTR)
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