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Dólar encerra operações no menor patamar em seis anos


Quarta-feira, 16 de maio de 2007 - 09h51

O dólar rompeu a barreira dos R$2,00 pela primeira vez em seis anos e fechou esta terça-feira (15/05) vendido a R$1,982. Foi a menor cotação desde 12 de fevereiro de 2001. A desvalorização foi de 1,34% em relação a segunda-feira. Durante o dia, a moeda norte-americana chegou a ser cotada a R$1,979. Segundo operadores, nem mesmo o leilão de compra de dólares do Banco Central à tarde foi suficiente para conter o declínio, já que a entrada da moeda no país tem sido intensa. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que o Brasil está comprando "muitos dólares" para tentar conter a forte valorização do real, e que, em vez disso, precisa aumentar as importações de bens de capital (máquinas para produção) e de tecnologia para que o país possa competir com a China. Se o atual cenário mantiver-se estável, sem crises econômico-financeiras, o dólar comercial não deverá recobrar patamares mais elevados tão cedo. Analistas prevêem redução a até R$1,85. A desvalorização no ano pode chegar a 9%. Ou seja, aplicar em dólares neste momento pode não ser uma boa alternativa. O dólar está baixando porque há excesso dele na economia brasileira. Um produto tende a se desvalorizar sempre que se torna abundante no mercado. A quantidade de dólares disponíveis no Brasil vem aumentando nos últimos meses, o que reduz o seu valor. A entrada da moeda norte-americana no país se intensificou em virtude do aumento das exportações e do investimento estrangeiro direto, entre outros meios. As exportações trazem dólares porque os fabricantes nacionais recebem essa moeda quando vendem seus produtos para o exterior. Investimentos diretos significam aplicações que empresas ou investidores de fora fazem no país, o que também traz moeda estrangeira para as fronteiras nacionais. A desvalorização do dólar no Brasil acompanha, ainda, um fenômeno mundial. O aumento do peso comercial da China e o maior volume de negócios em euros reduz a demanda pelo dólar. Fonte: Folha de São Paulo. 15 de maio de 2007.
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